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SP: Ituanos se preparam para substituir a gasolina pelo gás natural veicular

A notícia dada na quinta-feira pelo Jornal Nacional não vai pegar a cidade desprevenida. Já existem postos para oferecer o combustível e empresas para realizar a conversão.

Com a alta no preço dos combustíveis, principalmente da gasolina, o GNV (gás natural veicular) voltou a ser opção para os motoristas. Segundo reportagem do Jornal Nacional na última quinta-feira (19), o consumo do combustível cresceu 9% em 2017 – crescimento bem acima de outros combustíveis, como a gasolina e o óleo diesel.

Em Itu, apesar das poucas opções de postos que oferecem o GNV – apenas dois (Extra e Itusão) –, o preço pode ser um chamariz para os condutores. Em um dos postos consultados pela reportagem, a diferença do m³ do GNV para o litro da gasolina comum é de quase dois reais.

 “Antes dos aumentos subsequentes da gasolina e do etanol nos últimos dois anos, o GNV já era uma alternativa vantajosa, representando uma economia de aproximadamente 50% em relação aos outros combustíveis. Hoje, atingimos níveis de economia na ordem de até 60% com a utilização do GNV em automóveis”, explica Danilo Tonus Kostenko, chefe de serviços de Grande Consumo e Soluções de Mobilidade da Gas Natural Fenosa em São Paulo.

Ainda segundo o especialista, a concessionária – que hoje conta com 26 postos nos 18 municípios em que opera – está trabalhando para ampliar o número de postos em Itu, tendo em vista que o GNV é um vetor de desenvolvimento econômico para a região.

Vantagens

Kostenko explica ainda as vantagens de utilizar o GNV como combustível. “A primeira, sem dúvida, é a economia, por se tratar de um combustível com custo acessível e maior rendimento. A segunda, para o meio ambiente, pois, embora seja um combustível de origem fóssil, reduz significativamente a emissão de particulados e poluentes na atmosfera, contribuindo positivamente”, explica ele, destacando como terceira vantagem, mas não menos importante, a segurança com a utilização do GNV.

Quem usa o combustível, aprova. Diogo Luis Cocchia, comerciante de 35 anos, conta que possui dois veículos com GNV e que “vale a pena”. “Compensa muito porque eu ando bastante”, relata, acrescentando que faz uso do combustível há cerca de oito anos. Seu pai, Armando, também usa. “Está valendo muito a pena. A economia é grande”, conta o aposentado de 67 anos, que usa o GNV em seu veículo há três anos, aproximadamente.

Conversão

O “Periscópio” procurou empresas que fazem a conversão para o GNV através do site do INMETRO. São duas empresas habilitadas na cidade para realizar o procedimento. Uma delas, segundo apurado, deixou de trabalhar com a conversão. A outra é a Lorenzon, que realiza instalação dos kits de última geração, manutenção e reteste de cilindros. Os preços variam de acordo com o tipo de carro.

Hoje, os kits de gás natural estão na quinta geração. “São kits multiponto monitorados eletronicamente e interligados ao sistema de injeção eletrônica dos automóveis, ou seja, um bico injetor para cada cilindro, que confere a mesma performance do sistema original, sem perda de potência do motor”, explica o especialista da Gas Natural Fenosa.

Ele também reforça que a perda de potência não é mais um problema. “Os kits de 5ª geração, utilizados desde 2010 nos automóveis, tornaram essas perdas imperceptíveis, caindo por terra o conceito de perda de potência com a utilização do GNV”, finaliza Kostenko.

 

Fonte: Jornal Periscópio

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