O gerente de Engenharia da Companhia de Gás Natural do Ceará (Cegás), Vanderlan Alencar, apresentou na segunda-feira durante o 5º Seminário Nacional de Resíduos Sólidos, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), em Fortaleza, a experiência da companhia na distribuição de Gás Natural Renovável gerado a partir de resíduos sólidos no Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia (ASMOC).
A apresentação ocorreu durante uma mesa redonda sobre a Geração de Energia a partir dos Resíduos Sólidos, que teve como mediador o professor do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Universidade Federal do Ceará, Suetônio Mota. Alencar falou sobre o Gasoduto, a Estação de Transferência e a Planta de Produção de Gás Natural Renovável, empreendimentos realizados por meio da parceria entre a Cegás, Prefeitura de Fortaleza e a Gás Natural Renovável Fortaleza.
O Gasoduto foi construído pela Cegás, tem 23km e faz a distribuição do Gás Natural Renovável (GNR) proveniente do aterro sanitário da Região Metropolitana de Fortaleza para indústrias, veículos, comércio e residências da rede de clientes da empresa. O projeto está em funcionamento desde dezembro passado, se adequa à Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada e sancionada em 2010.
O gás é produzido pela Gás Natural Renovável Fortaleza, que participava da mesa redonda representada pelo seu presidente, Hugo Nery, numa planta da unidade de captação e tratamento instalada no ASMOC. Inicialmente, toda a produção é destinada à Cerbras, indústria do setor de cerâmicas, que é a primeira do Brasil a ter sua produção abastecida com gás natural renovável canalizado.
A GNR Fortaleza possibilita a retirada do gás metano da superfície do Aterro e será a segunda maior do País, com capacidade para a produção inicial de 100.000 m³ de biometano, um combustível renovável compatível com as especificações do gás natural, usado para abastecer veículos, indústrias, comércio e residências.
O gás é gerado a partir da decomposição de resíduos orgânicos depositados no Aterro, principal destinação de todo o resíduo sólido recolhido em Fortaleza. Para a retirada de metano, foram instaladas tubulações que fazem a sucção de todo o metano da superfície do aterro. O processo de produção de biometano acontece a partir da separação de CO2 do metano e da remoção de contaminantes.
Além da geração de energia, também será possível evitar que mais de 610 toneladas de CO2 sejam lançadas na atmosfera anualmente, equivalentes à retirada diária de mais de 800 mil litros de diesel do setor de transportes. Isso contribui para minimizar a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo positivamente para as futuras gerações.
Fonte: Cegás / Comunicação
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