Na área de concessão da Comgas, são oito projetos em implantação
Estão em implantação em São Paulo oito microusinas de cogeração a gás, na área de concessão da distribuidora Comgas, todas dentro da regulação e dos limites de 75 kW da resolução 482, que disciplina a geração distribuída no país.
Os projetos estão em condomínios residenciais horizontais e verticais, em um colégio da capital paulista e até em residência de alto padrão. As instalações são feitas por empresas especializadas, que comercializam geradores a gás importados. Segundo o gerente de geração distribuída e aplicações da Comgas, Pedro Luiz Mendes da Silva Junior, alguns adquirem os equipamentos e outros fazem contrato de BOTs com as empresas credenciadas pela distribuidora.
Em um dos projetos, o condomínio terá economia de 50% com a conta de energia e terá calor para aquecimento da piscina. No Colégio Pueri Domus, a energia térmica também será utilizada para aquecer piscina e água de vestiários.
Segundo Silva, embora o foco principal dos projetos de microgeração seja gerar economia com o custo de energia elétrica, já que para gerar autossuficiência a demanda térmica precisa ser elevada, um edifício residencial de 88 andares, que implanta a cogeração, vai ter excedente de energia. Nesse caso, o excedente exportado para a rede vai gerar créditos compartilhados entre os moradores, que terão ao final uma fatura um terço menor de energia.
De acordo com dados da Aneel, há três microusinas de cogeração a gás atualmente em operação no país, somando 118 kW. Uma está em São Paulo (Academia Biomoema, de 25 kW) e duas no Rio Grande do Sul (Comdomínio Rossi, 65 kW; e Hotel Gsete, 28 kW). Além disso, há duas miniusinas, com mais de 75 kW, em operação no país. A do Clube Alto dos Pinheiros tem 176 kW. Já a fabricante de lingerie DeMillus, no Rio de Janeiro, conta com uma miniusina de cogeração a gás de 3,63 MW desde 2014.
Em minigeração, de acordo com o gerente da Comgas, há uma aposta grande de que ainda neste ano saiam projetos de geração compartilhada, até 5 MW, pelo qual um “fazenda de cogeração a gás” geraria créditos de compensação para outras unidades consumidoras da mesma área de concessão da distribuidora de energia. Nesse caso, os potenciais clientes que devem aderir são indústrias ou outros empreendimentos com alta demanda térmica. “Uma indústria com alta demanda de vapor, por exemplo, teria condições de viabilizar o projeto”, diz. Isso porque 1 kW de potência elétrica de um sistema de cogeração (CHP) equivale a 1,5 kW. Em uma mininusina de cogeração de 5 MW, por exemplo, isso faria a demanda térmica precisar ser de 7,5 MW.
Fonte: Brasil Energia
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