Os preços futuros do petróleo operaram instáveis nesta quinta-feira (9), com o Brent para julho chegando a recuar mais de 1% durante a tarde e encerrando o dia próximo à estabilidade. A referência de Londres encerrou com leve variação positiva de 0,03%, aos US$ 70,39 por barril. O WTI fechou a sessão em queda de 0,67%, aos US$ 61,70 na Nymex.
No mês, a referência global acumula retração de mais de 2%, enquanto a americana recua mais de 3%.
As incertezas provocadas pelo aumento da tensão comercial entre Estados Unidos e China pressionaram para baixo os preços da commodity. Investidores temem que a disputa entre as potências prejudique a demanda por petróleo, afetando seu preço.
“A preocupação é que uma nova rodada de tarifas possa desacelerar a demanda de petróleo nos dois maiores países consumidores do mundo”, disseram analistas do Commerzbank em nota.
O enfraquecimento do dólar também ajudou a impulsionar a recuperação do Brent no final dos negócios, já que os ativos possuem correlação negativa. Há pouco, o índice de dólar da ICE recuava 0,26%, para 97,37 pontos.
Mais cedo, levantamento da S&P Global Platts apontou que a produção de Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) teve leve alta de 30 mil barris/dia, para 30,26 milhões de barris/dia em abril. O resultado refletiu a redução acentuada das exportações do Irã, em razão das sanções americanas ao país, e queda na produção de Angola, movimentos que foram compensados, no entanto, por significativos aumentos observados na produção da Nigéria e do Iraque, e por alguma recuperação na Líbia e na Venezuela.
Ainda de acordo com o levantamento, a produção da Arábia Saudita permaneceu em 9,82 milhões de barris/dia em abril, no menor nível em mais de quatro anos, e bem abaixo da cota prevista no acordo da Opep para contenção da oferta.
Irã
Hoje, a Europa rejeitou o ultimato do Irã sobre o acordo internacional para o programa nuclear do país e acrescentou que vê “com grande preocupação” a ameaça iraniana de abandonar parte das disposições do tratado de 2015.
Em comunicado, ministérios de Relações Exteriores da Alemanha, França e do Reino Unido, bem como a União Europeia, informaram que continuam determinados a preservar o acordo nuclear e que estão dispostos a dar passos para preservar parte do comércio entre o Irã e o continente.
“Apelamos ao Irã para que continue a implementar o acordo integralmente e que evite uma escalada”, diz o comunicado.
“Rejeitamos quaisquer ultimatos e avaliaremos o grau com o qual o Irã cumprirá as determinações do acordo”, acrescenta o texto.
Fonte: Valor Online
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