O diretor-presidente da Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul (MSGÁS), Rudel Trindade, participa hoje (16), do Seminário “Pré-Sal e Vaca Muerta: a nova realidade energética do Brasil e da Argentina”. O evento acontece em Buenos Aires, na sede da Embaixada do Brasil naquele país.
Entre os objetivos do encontro está a troca de experiências entre Brasil e Argentina sobre o aproveitamento de duas importantes reservas de petróleo e gás natural: os recursos da plataforma continental brasileira em águas profundas (Pré-Sal) e os reservatórios de baixa permeabilidade na Argentina (Vaca Muerta). Devido aos desafios logísticos e regulatórios distintos, os dois países começaram, nos últimos anos, o aproveitamento econômico desses recursos. E esses esforços deverão ser potencializados no futuro próximo, espera-se que em 2028 a produção de petróleo e gás de cada um dos dois países seja duas vezes maior os valores atuais.
O segundo objetivo é analisar as possibilidades que um novo cenário de produção de petróleo e gás abre para expandir o comércio energético entre os dois países, sobretudo de gás natural e energia elétrica. Para a criação de um mercado bilateral mais integrado de energia elétrica e gás natural e para que haja o aumento da produção esperado, serão necessários mais investimentos em infraestrutura e políticas regulatórias mais seguras e previsíveis.
Segundo o diretor-presidente da MSGÁS, o encontro é muito importante uma vez que nos últimos meses aconteceram mudanças expressivas tanto em termo de infraestrutura como na comercialização do gás natural. “Precisamos de informações precisas sobre a produção brasileira e a produção argentina, e no caso de Mato Grosso do Sul, há uma relação enorme por conta do gás boliviano. Nesse encontro além de verificarmos as oportunidades do gás natural do Pré-sal e da Vaca Muerta, também veremos quais serão os impactos desse mercado no suprimento do gás pela Bolívia. Porque com toda essa oferta o nosso poder de barganha e comercialização aumenta”, explicou.
O evento foi organizado pelo Conselho Argentino de Relações Internacionais (Cari) e a Embaixada Brasil em Buenos Aires. Participam do seminário diferentes representantes do mercado de energia, governamentais e privados. Do Brasil, além da MSGÁS, estão o presidente da Gás Brasiliano, Walter Piazza, o diretor-presidente da Sulgás (Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul), Rafael Pezzela e representantes da Abegás (ABEGÁS – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado).
Vaca Muerta
É um formação geológica localizada na Bacia de Neuquén, sudoeste da Argentina, considerada uma das maiores fontes de gás xisto no mundo. Estudos realizados pela Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF) da Argentina apontaram que a formação geológica tem potencial enorme para obter gás e petróleo, o que segundo relatório internacional do EIA (Energy Information Administration), de 2013, significaria multiplicar 10 vezes as reservas atuais da Argentina.
Atualmente a Argentina importa gás boliviano, mas não tem medido esforços para impulsionar a produção de xisto e o fornecimento de gás natural. Está projetado para 2019 a concessão dos contratos para a construção do gasoduto de 1200 quilômetros, que levarão gás natural do Vaca Muerta para Buenos Aires. Os contratos estão orçados em US $ 1,8 bilhão.
Fonte: MSGÁS / Comunicação
Related Posts
MSGÁS: Dia de imersão para planejar 2025
Comandada pela CEO da MSGÁS, Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt, a reunião técnica contou com a presença das diretoras Fabrício Marti (Técnico e Comercial), Gisele Barreto (Administrativa e Financeira) e...
MSGÁS se destaca em auditoria e reafirma excelência em governança
A MSGÁS apresentou excelência em conformidade com a Lei Federal nº 13.303/2016 e o Decreto Estadual nº 15.034/2018 em auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS). O desempenho de destaque...