Crescimento na indústria no acumulado do ano é de 3,3%.
O consumo de gás natural no mês de maio totalizou 54,45 milhões de metros cúbicos/dia, um crescimento de 4,7% em relação ao mês de abril (52 milhões), mas com retração de 8,4% no confronto com maio de 2018 (59,5 milhões) e de 1,8% na comparação dos acumulados do ano de 2019 com o de 2018, e
Já o consumo industrial teve crescimento de 1,3% em relação a abril, de 5,9% na comparação com maio de 2018. No acumulado do ano, a indústria mostra uma evolução de 3,3% frente a média de janeiro a maio de 2018. Os números fazem parte de levantamento estatístico da Abegás feito com concessionárias em todas as regiões do País.
“É verdade que em maio, a base de comparação é com os números de 2018, então impactados pela greve dos caminhoneiros. Mas crescimento de 3,3% (acima do PIB até aqui) mostra que essa evolução tem consistência. Nossa expectativa é que, com as medidas certas para o setor de gás, esse crescimento possa ser ainda mais sólido no futuro”, explica o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.
“O acesso às rotas de escoamento, unidades de processamento, terminais de GNL, são medidas fundamentais que permitirão a entrada de mais ofertantes e, consequentemente, promoverão a concorrência no setor. As distribuidoras estão prontas para fazer os investimentos em infraestrutura de distribuição”, acrescenta Salomon.
“É um equívoco afirmar que a inexistência de fato, de mercado livre, seja responsabilidade das distribuidoras. A remuneração bruta das distribuidoras equivale a 17% da tarifa de distribuição – que remunera os investimentos e serviços prestados ao consumidor, com qualidade e segurança – os outros 83% equivalem ao custo da molécula, do transporte e impostos. A distribuição é um monopólio natural, que deve ser aprimorado, com regulação técnica e com os melhores benchmarks”, diz o presidente executivo da Abegás.
“O gás chegará a preços mais competitivos na medida que o País tenha mais ofertantes competindo e, ainda, na medida em que a infraestrutura aumente. É preciso interiorizar a rede de gasodutos e expandir a infraestrutura do setor para que tenhamos condições de distribuir o gás natural do pré-sal, gerando empregos e renda em nosso País. Confiamos na condução do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, trabalhando em conjunto com o Ministério da Economia, para levar o Brasil a um ambiente que crie medidas que respeitem contratos firmados e resguardem a segurança jurídica.”, completa Salomon.
Em maio, o número de clientes que consomem gás natural chegou a 3 milhões e 550 mil, número de medidores nas indústrias, comércios e residências e outros pontos de consumo.
Consumo em maio/19 em todos os segmentos
Industrial — O consumo industrial apresentou alta de 5,9% na comparação maio de 2018 e alta de 3,3% no acumulado do ano.
Automotivo — O consumo de Gás Natural Veicular (GNV) apresentou crescimento de 1,9% em relação ao mesmo período do ano anterior e acumula alta de 6,1% em 2019, o combustível segue competitivo em todo o País.
Residencial — O segmento apresentou retração de 8,4% na comparação com maio de 2018. A retração é sazonal uma vez que as temperaturas estiveram mais elevadas em 2019, reduzindo o consumo residencial no período.
Comercial — Registrou alta de 4,4% em relação a maio de 2018 e acumula alta de 10% em 2019.
Geração elétrica — Com o aumento da geração elétrica no período, o consumo termelétrico subiu 20,1% em relação a abril. Entretanto, na comparação com maio de 2018, a retração é de 32,4%.
Cogeração — Acompanhando o segmento industrial, apresentou crescimento de 1,7% em relação a maio de 2018 e 4,3% no acumulado do ano.
Destaques nas regiões em maio/2019 ante maio/2018
- Centro-Oeste – Crescimento no consumo residencial (44,4%)
- Nordeste – Alta no consumo comercial (6,8%) e automotivo (6,6%)
- Norte – Alta no consumo comercial (104,5%)
- Sudeste – Alta no consumo industrial (5,5%)
Fonte: Comunicação ABEGÁS
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