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Indústria impulsiona o consumo de gás em maio

Segmento respondeu por quase a metade do consumo total de 54,45 milhões de m³/d registrado no mês e acumula alta de 3,3% no ano

O segmento industrial foi o principal motor do consumo de gás natural no país em maio, segundo dados da Abegás. As indústrias responderam por quase a metade do consumo total de 54,45 milhões de m³/d registrado no mês.

O volume de 28,68 milhões de m³ diários consumidos nas indústrias representou um avanço de 1,33% em relação a abril e uma alta de 5,91% na comparação com maio de 2018. O diretor de Estratégia e Mercado da Abegás, Marcelo Mendonça, explica que a comparação com o mesmo período de 2018 é inflada por causa da greve dos caminhoneiros em maio do ano passado, que fez a produção industrial recuar. No entanto, ele observa que a recuperação do consumo de gás natural nesse segmento vem sendo constante, com uma alta acumulada no ano de 3,32%.

Mendonça explica que esse desempenho é resultado de vários fatores, como a lenta recuperação do setor industrial e o esforço das distribuidoras na expansão das redes e na captação de novos clientes no segmento. “Isso ajudou também a mitigar a perda de clientes que migraram suas indústrias do gás natural para a biomassa”, observa.

Além da indústria, o consumo de gás natural aumentou em quase todos os segmentos. Apesar disso, o volume ainda foi 8,4% menor do que o registrado em maio de 2018. Isso acontece por causa da forte queda no segmento de geração térmica, em função do clima mais chuvoso, que fez com que o ONS acionasse as usinas a gás com menor frequência nos primeiros meses do ano.

Assim, o segmento consumiu 13,95 milhões de m3 de gás natural em maio, volume bem abaixo dos 20,63 milhões registrados no mesmo período do ano passado. “Vamos ver como vai ficar o despacho de energia das termelétricas ao final do período seco, para ver como o consumo desse setor vai evoluir até o final do ano”, diz o diretor da Abegás.

A evolução geral do consumo de gás natural dependerá em grande parte da recuperação da economia. O mercado ainda não recuperou os níveis de consumo registrados em 2014, antes do início da recessão. Para Mendonça, a abertura do mercado será fundamental nesse processo de retomada, mas ele teme que a mudança seja lenta. “Ficamos decepcionados com o TCC entre a Petrobras e o Cade”, afirma. “O acordo ficou aquém do esperado, com um cronograma de desinvestimento tímido, para depois de 2023, e que adia a entrada de novos agentes que poderiam dar mais competitividade ao mercado”, conclui.

Fonte: Brasil Energia

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