Consumo na indústria tem crescimento de 2,9%; GNV teve alta de 21,7%; movimento mais expressivo foi na geração elétrica, com 129,1%.
O consumo total de gás natural no Brasil teve um crescimento de 39,6% em outubro na comparação com o mês de setembro. O volume demandado teve alta expressiva, saltando de 52,19 milhões de metros cúbicos/dia (em setembro) para 72,86 milhões de metros cúbicos/dia (em outubro). Já no confronto com os dados de outubro de 2020 (78,23 milhões de metros cúbicos/dia), no entanto, a retração foi de 6,9%. Os dados fazem parte de levantamento estatístico mensal da Abegás com as distribuidoras de todo o País.
Em outubro, o consumo do segmento industrial subiu 2,9% na comparação mensal, saindo de 27,38 milhões de metros cúbicos/dia (em setembro) para 27,73 milhões de metros cúbicos/dia (em outubro), ainda abaixo dos 28,53 milhões de metros cúbicos/dia registrados em setembro do ano passado. A queda no período de 12 meses foi de 2,8%.
A alta mais eloquente de consumo, em setembro, é na geração termelétrica: 129,1%, um crescimento de mais de 20 milhões de metros cúbicos/dia entre setembro e outubro.
“O comportamento desse mês mostra a importância do gás natural para garantir a segurança energética. O País precisa de térmicas a gás regionais na base, gerando no centro de consumo o ano todo de forma contínua, para garantir mais previsibilidade num plano de retomada de crescimento econômico sustentável. Esperamos que a Câmara amadureça essa proposta, de modo a levar gás para todos. Só com uma demanda firme será possível estimular os projetos que viabilizem o aumento da oferta de molécula, universalizando o gás”, diz o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.
O segmento automotivo também cresceu, com alta de 21,7% em outubro ante setembro, em um movimento de alta inclusive na comparação de 12 meses: 3,6%.
“A recuperação do consumo de GNV é uma boa notícia, sinalizando uma retomada, o que mostra o potencial desse segmento, respondendo por 6,5 milhões de metros cúbicos/dia. É preciso que o País estruture um planejamento energético que adote o gás natural no segmento de transportes de cargas e passageiros, o que pode estabelecer um sinal de demanda forte para absorver o potencial de oferta existente”, explica o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.
De acordo com o Salomon, a expectativa para 2021 é de um ano com mais estabilidade no consumo, com melhora nos patamares na medida que haja mais clareza sobre uma vacinação. “A melhora do quadro sanitário é fundamental para firmar uma confiança dos agentes econômicos. O consumo de gás natural é um indicador que reflete o comportamento da economia. Temos essa esperança, uma vez que o ano de 2020 foi muito desafiador, com queda sem precedentes, em abril, nos patamares de consumo. As distribuidoras souberam responder ao desafio, mantendo o suprimento 24h, inclusive aos hospitais, com segurança e eficiência, apesar das dificuldades, inclusive com inadimplência.”
***
O número de unidades consumidoras de gás natural já ultrapassa 3,7 milhões — número de medidores nas indústrias, comércios e residências e outros pontos de consumo.
Consumo em outubro/20 vs setembro/20 em todos os segmentos*
Industrial — Crescimento de 2,9%
Automotivo — Alta de 21,7%.
Comercial — Queda de 20,2%.
Residencial — Recuo de 6,5%.
Cogeração — Alta de 9,7%.
Geração elétrica — Alta de 129,1%.
Destaques do consumo nas regiões: outubro/20*
O destaque positivo foi o crescimento do GNV em 30,3% no Sudeste, onde a alta na indústria foi de 5,6%. No Sul, o consumo e GNV teve alta de 6,5% e no Nordeste, de 2,2%, e no Centro-Oeste, de 5,2%. No Norte, destaque para o crescimento do residencial, de 12,5%.
*Na comparação com setembro/20
Fonte: Comunicação ABEGÁS
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