A Abegás informou que as distribuidoras de gás natural representadas pela associação não conseguiram entrar em acordo com a Petrobras na busca de soluções para reduzir os impactos do reajuste de 39% nos preços do produto.
A companhia listou algumas propostas encaminhadas ao MME para a mitigação do reajuste, que entrará em vigor a partir do próximo sábado (01). Dentre elas, estão o parcelamento do acréscimo nos preços para as distribuidoras, de modo a atenuar o peso do repasse para os consumidores finais e a sugestão da criação de uma conta corrente para amortizar as tarifas.
Além disso, a Abegás solicitou a agilização na implementação do gas release, mecanismo que amplia o número de ofertantes do produto, possibilitando a flexibilização dos preços.
Outra proposta foi a implementação de um leilão de oferta de gás natural para entrega em cinco anos, aberto para consumidores livres, comercializadores e distribuidoras estaduais, com o objetivo de ampliar a construção de novos gasodutos e obter mais investimentos.
Contudo, os esforços da distribuidora se esbarraram na falta de convergência entre a Petrobras e os transportadores em relação ao diferimento, e as sugestões não tiveram continuidade.
Em um comunicado, a Abegás esclareceu que os aumentos nos preços serão repassados para o consumidor sem que as distribuidoras tenham qualquer lucro decorrente dessa alta definida pela Petrobras.
Os ganhos das distribuidoras são regulados e definidos pelas agências reguladoras estaduais através da fixação de margens de distribuição, ou seja, não há qualquer ganho sobre o custo do gás que é repassado ao mercado pelo custo de aquisição, destacou a entidade.
A associação também reiterou que o reajuste aplicado trará forte impacto para a competitividade do gás natural frente a outros energéticos.
Fonte: EnergiaHoje