A economista e editora-chefe do Ensaio Energético, Yanna Clara Prade, publica artigo analisando os mercados de gás e GNL, que segundo ela, estão passando por um momento histórico, no qual uma conjunção de fatores tem levado os mercados a extremos.
No início de 2021, escrevi um artigo sobre os acontecimentos nos mercados de gás e GNL durante o inverno de 2020-2021. Foi um momento curioso que valia a análise, diversos acontecimentos e restrições pontuais levaram o mercado a extremos inesperados. Como sempre, há uma expectativa de retorno à normalidade, à média, ao previsível. E, como sempre, a realidade é muito diferente da expectativa.
Os últimos meses nos mercados de gás foram marcados por alta demanda, escalada de preços, produção limitada e muita incerteza. O verão castigou países consumidores de gás e alavancou a demanda por energia elétrica além do esperado. Em paralelo, a oferta de energia elétrica por fontes renováveis em algumas localizações ficou aquém do necessário. Vimos preços de gás crescendo nos mercados asiáticos, europeu e americano e uma crescente disputa pelas cargas de GNL.
Conforme o inverno se aproxima, estamos nos encaminhando para um cenário complexo com sérias possibilidades de escassez energética em diversos países, principalmente da Europa. O nervosismo dos mercados está levando os preços de gás e energia elétrica a novos recordes diariamente e levantam preocupações enquanto a possibilidade de a economia mundial estar entrando em um período de estagflação (The Economist, 2021).
O objetivo do presente artigo é buscar entender os fatores por trás dos acontecimentos nos mercados internacionais de gás nos últimos meses que justificam o atual cenário de altos preços e baixa disponibilidade de gás.
Leia o artigo completo
Fonte: Ensaio Energética