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ANP aprova plano de investimento da Origem em Alagoas, com estocagem de gás

diretoria da ANP aprovou nesta sexta (14) o novo plano de desenvolvimento do campo de Pilar, operado pela Origem Energia em Alagoas. A concessão será prorrogada até 2052, com alíquotas de royalties sobre a produção incremental reduzidas.

O regulador aprovou a inclusão do projeto de estocagem subterrânea de gás natural no campo, mas a decisão desta sexta não contempla, ainda, a autorização para prestação desse serviço, disse o diretor Cláudio Jorge. O aval segue em análise pela agência.

A diretora Symone Araújo destacou o pioneirismo do projeto, em seu voto favorável à aprovação do plano de desenvolvimento de Pilar.

“[A estocagem] Pode ser uma porta importante para, finalmente, resolvermos o dilema do gás associado. Sabemos que precisamos aumentar o aproveitamento do gás, mas existe uma relação muito profunda de que a maioria [desse gás] é associado”, afirmou Symone.

Origem aposta em demanda por flexibilidade

No novo plano de desenvolvimento de Pilar, a Origem se compromete a investir R$ 916 milhões na recuperação do ativo. A empresa espera uma produção adicional de 11,7 milhões de barris/dia de óleo e de 5,4 bilhões de m3 de gás natural – além do projeto piloto de estocagem de gás.

O diretor técnico da Origem Energia, Nathan Biddle, afirmou esta semana à epbr que, para desenvolver o projeto de estocagem, a intenção da empresa é aproveitar os reservatórios depletados e a infraestrutura já existente — como a rede de compressão e as linhas de reinjeção.

“[O negócio da estocagem] ainda não existe no Brasil. Temos que construir [a solução] tecnicamente e comercialmente”, disse. “Com o crescimento do mercado, vamos ter a oportunidade de entregar [gás flexível] para os consumidores privados que não conseguem aceitar contratos de grande tamanho de take-or-pay, porque às vezes operam com alta sazonalidade e precisam de flexibilidade”, completou o executivo, em entrevista exclusiva ao estúdio epbr, na Onshore Week 2023.

Governo vai mapear potencial de estocagem

A EPE vai mapear, a partir deste ano, as áreas mais promissoras para estocagem subterrânea de gás natural, com um capítulo dedicado à captura, armazenamento e utilização de carbono (CCUS) no Brasil. A estatal abriu uma concorrência para contratar uma consultoria externa para o trabalho – que inclui um estudo para políticas e regulação, com referências internacionais sobre estocagem subterrânea; e um inventário de áreas para a atividade no Brasil, em campos depletados; além da avaliação de alvos para CCUS.

Fonte: Epbr

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