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Cresce adoção de GNV no país e o potencial de uso só tende a aumentar

A revista Brasil Energia publica uma reportagem especial destacando a volta da competitividade do GNV no mercado brasileiro. Entidades do setor sempre defendem a criação de políticas públicas para incentivar o uso do gás e ampliação da malha, mas o fato é que 2022 bateu recorde em vendas do combustível segundo dados da Abegás. Mirando as boas perspectivas deste mercado, fabricantes desenvolvem soluções tecnológicas para conversão de veículos pesados. O Brasil tem a quarta maior frota mundial de veículos leves movidos a GNV, de cerca de 2,5 milhões, segundo dados do IBGE fornecidos pela Abegás No ranking também estão China, Estados Unidos e Índia. O combustível teve consumo médio mensal de 6,26 milhões de m3/dia no ano passado, crescimento de 5,5% sobre os 5,93 milhões do ano anterior e equivalente a 10,8% do volume distribuído pelas concessionárias do país.

Depois dos segmentos industrial e termelétrico, é o mais relevante para as distribuidoras.

Somente o Sudeste totalizou 4,2 milhões de m3/dia de GNV. Em seguida, Nordeste com 1,4 milhão de m3/dia; Sul com 578 mil de m3/dia; Norte com 27 mil de m3/dia; e Centro-Oeste com 18 mil m3/dia.

No âmbito dos preços, os postos compraram o combustível por R$ 3,81/ m3 das distribuidoras e o consumidor final adquiriu por R$ 4,77/m3. Os dados são do boletim mensal do MME, referentes a dezembro do ano passado.

O diretor de estratégia e mercado da Abegás, Marcelo Mendonça, considera que o país está em um momento positivo para investimentos no mercado de GNV.

Nas capitais, Mendonça, da Abegás, estima que 10% dos coletivos são trocados por ano. “Isso abre espaço para uso do gás. Com um programa nas capitais, teríamos excelentes resultados”, concluiu. Algumas empresas já adotam ônibus a gás nas suas frotas em vários estados, utilizando modelos a GNV e biometano, fabricados pela Scania.

Empresas estaduais de transporte urbano também fazem testes com os modelos a gás. No entanto, a rede de gasodutos brasileira está concentrada no litoral e nos grandes centros, o que dificulta a revenda de ônibus convertidos pela ausência de gasodutos no interior. No Rio de Janeiro, onde a frota é renovada a cada dez anos, o setor encontra dificuldades de revender. O secretário Hugo Leal, reconhece que é preciso haver um mercado consumidor perene para justificar a expansão da rede pela Naturgy.

Na visão de Mendonça, é possível usar a ausência de malha como um estímulo ao desenvolvimento de projetos estruturantes. O executivo acredita que o GNV pode ser uma boa solução para o Bus Rápido Transit (BRT) – sistema de ônibus com linha exclusiva de circulação. “Ele tem uma depreciação muito maior e, muitas das vezes, vai passar a vida útil fazendo sempre aquele trajeto”, disse.

Fonte: Brasil Energia

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