Uma noite iluminada, pautada pela emoção de encontros e visões singulares sobre a vida, a arte e a realidade sensorial propriamente dita. Assim foi o coquetel de abertura da exposição “Cores das Arte”, que reúne 48 pinturas diversas, de seis artistas invisuais cearenses, nesta quinta-feira, no Espaço CEGÁS de Cultura. Com curadoria do artista cearense Dias Brasil, o projeto envolve uma arte inclusiva que busca igualdade entre artistas visuais e invisuais. A mostra segue até o dia 18 de julho e estará aberta para visitação pública das 9h às 17h, de segunda a sexta, na av. Washington Soares, 6475. O evento foi iniciado com a apresentação de um quarteto da Orquestra Contemporânea Brasileira, um projeto cultural que também tem apoio do Programa CEGÁS de Responsabilidade Social. Em seguida, a palavra foi aberta para o curador e os artistas expositores.
“O projeto tem o objetivo de identificar e despertar capacidades e potencialidades artísticas, colaborando na transformação de suas vidas por meio da arte. Além de oferecer vivências criativas e coletivas, o projeto promoveu junto a esse público a formação técnica, ampliando as possibilidades de sociabilidade humanizada”, afirmou o curador do projeto.
Formado em Artes Visuais pelo Núcleo de Pós-Graduação em Educação na Universidade de Fortaleza (Unifor), Dias Brasil é um grande incentivador dos novos talentos invisuais. Dias trabalhou em parceria com a Sociedade de Assistência aos Cegos do Ceará (SAC), no período de 2018 a 2021, onde formou a primeira turma de Artistas Invisuais nas categorias História da Arte, Desenho e Pintura.
Ao todo, participam da exposição seis artistas invisuais cearenses, são eles: Andriola, Ariel, Kiko, Souza Ana, Sant’Ana e Becca. Além de ser uma vitrine para a apresentação das obras ao público, o Cores da Arte é responsável por gerar trabalho e renda, uma vez que as obras produzidas são comercializadas.
Ariel definiu assim os componentes emocionais presentes em suas obras de arte. “Aqui, não está só a minha alegria, estão também minhas dores, minhas conquistas. Algumas dessas telas foram pintadas a partir de uma história contada por uma facilitadora, ela falava e eu começava a rabiscar”, disse.
O presidente da CEGÁS, Miguel Nery, destacou a qualidade das obras expostas e a inovação presente na metodologia do projeto e no processo criativo dos artistas. “Isso pra mim é algo fantástico, que traz de fato vida, se a gente está pensando aqui que as cores das artes estão significando algo muito mais, na verdade, são as cores da vida, que estão ali representando a imaginação dos artistas ”, afirmou Nery.
Gustav Costa, diretor técnico e comercial da CEGÁS, Samuel Pinto, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ceará (Cedef), e colaboradores da CEGÁS também estiveram presentes no evento.
Fonte: CEGÁS / Comunicação