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CCEE defende descarbonização via gás natural

Precisando descarbonizar 6% da matriz elétrica até 2050 para cumprir com o Acordo de Paris, a Câmara de Comercialização da Energia Elétrica entende que esse processo deverá ter o gás natural como combustível de transição energética brasileira, que atualmente representa 2,5% do total da energia produzida no país. “Temos convicção de que podemos contribuir com o avanço do mercado do gás, pois temos conhecimento e capacidade técnica para tal”, afirmou o presidente da entidade, Alexandre Ramos.

O executivo destaca que o gás entra no pilar de novos negócios da CCEE, que poderá auxiliar o balanceamento de consumo e injeção, como também realizar toda a administração dos registros, como faz atualmente no setor de energia. Ramos também lembra que até 2050 haverá 12,5 GW de contratos de térmicas sendo encerrados, cerca de 50% até 2030 e uma segunda leva até 2040.

Já olhando no longo prazo, ele salienta o potencial do hidrogênio renovável e o propósito da Câmara de Comercialização em colaborar para novos mercados eficientes e sustentáveis, acreditando em um ambiente de união de fornecedores e consumidores do mercado de gás no curto prazo.

“Se estamos bem na oferta de energia renovável, precisamos evoluir muito no lado da demanda. Nos últimos dois anos o crescimento do mercado não passou 2%, e nesse ano o aumento previsto é de 6%, sem considerar a GD”, aponta, salientando que a oportunidade de eletrificação de diversos setores e a conquista de outros mercados ganham destaque inevitável para a economia circular via energia renovável.

Ramos também comentou algumas ações para a concepção de um mercado livre seguro e eficiente, como a valoração dos atributos das renováveis assegurados pelos processos de certificação, diante de uma tendência de conscientização da busca por produtos verdes. Outros dois ambientes chave para descarbonização do país, em sua visão, é a efetivação do mercado de carbono, que representa atuais 5% da energia renovável do país, além do já citado H2.

“Estamos analisando como podemos auxiliar no crescimento desse mercado de carbono, com foco em atuar na averiguação de outras certificadoras”, comenta o executivo, citando um grupo de trabalho em curso para esses dois assuntos e neste ano passando a fazer parte do fórum de hidrogênio do Banco Mundial, com a pretensão de ir para a segunda fase de certificação da molécula.

Fonte: Canal Energia

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