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Gás natural causa divergências entre Petrobras e Minas e Energia

O Poder360, em parceria com o CBIE, lança nesta sexta (30) mais um episódio do programa “Infra em 1 minuto”. Em análises semanais, Pedro Rodrigues, sócio da consultoria, fala sobre os principais assuntos que marcaram a semana no setor de energia.

O programa é publicado toda semana no canal do Poder360 no YouTube.

Neste 48º episódio, Pedro Rodrigues fala sobre as divergências no setor de gás natural do Brasil, observadas a partir do anúncio do programa “Gás para Empregar” pelo ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) em março de 2023.

O programa “Gás para Empregar” tem como objetivo aumentar a chegada de gás natural na costa brasileira para produção de insumos. Para isso, seria necessária uma maior oferta de gás para reduzir o preço do combustível, o que tem gerado divergências entre lideranças do setor, principalmente entre o ministro Alexandre Silveira e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Para Pedro Rodrigues, o principal ponto da discussão é o fato de o Brasil ser um grande produtor de gás, mas, ao mesmo tempo, um grande importador. “Essa situação é atribuída aos altos níveis de reinjeção nos campos produtores”, afirma.

Segundo dados da ANP), o Brasil produziu 137 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural em 2022, sendo que 68 milhões de metros cúbicos foram reinjetados. Esse nível de reinjeção tem sido criticado pelo ministro Alexandre Silveira, que, segundo ele, estariam acima da média mundial observada em outros países.

O Presidente da Petrobras rebateu as críticas de Silveira e disse que “Não tem gás sobrando e a Petrobras não sonega gás”. De acordo com Jean Paul Prates, os altos níveis de reinjeção são uma decisão baseada nas necessidades técnicas e operacionais da empresa.

Pedro ressalta que o alto percentual de reinjeção no país também é associado à falta de infraestrutura para escoamento do gás natural. “Nesse contexto, para ampliar a oferta de gás natural e consequentemente baratear o preço da molécula é preciso que as autoridades do setor alcancem um acordo sobre o real nível de reinjeção, que certamente não é o atual”, afirma.

Fonte: Poder 360

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