Av. Ataulfo de Paiva, 245 - 6º andar - Salas 601 a 605 – Leblon/RJ – CEP: 22440-032
+55 21 3995-4325

O gás da Cosan para crescer nos próximos anos

O portfólio diversificado, com capital alocado em ativos de alta qualidade e irreplicáveis, junto com uma administração considerada excepcional, deixou o Itaú BBA entusiasmado sobre o que está por vir na Cosan.

Os analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello retomaram a cobertura da holding de Rubens Ometto enxergando acerto nas “escolhas dos cavalos vencedores”, um elogio à capacidade de composição nos ativos com fortes perspectivas de crescimento. O preço-alvo foi estabelecido em R$ 23, representando um potencial de alta de 22,1% em relação ao patamar atual, com recomendação de compra.

“O portfólio atual da Cosan é composto por companhias líderes, que possuem operações consolidadas no setor de energia e que ainda tem o potencial de contribuir para o desenvolvimento de negócios inovadores capazes de catalisar o crescimento da energia renovável no Brasil, ao mesmo tempo assegurando a segurança energética ao longo do caminho”, diz trecho do relatório.

Tendo sob seu guarda-chuva marcas como Raízen e Rumo, os analistas destacaram no relatório o avanço da Cosan na parte de distribuição de gás natural por meio da Compass, que planejava realizar um IPO de cerca de R$ 4,4 bilhões em 2019, mas desistiu diante da situação adversa do mercado na ocasião.

Segundo os analistas do Itaú BBA, a Compass é uma das empresas do grupo com potencial de forte crescimento nos próximos anos, em meio ao processo de abertura do mercado de gás no País.

A companhia vem se reforçando em duas frentes para ser bem-sucedida na área. Na parte de distribuição, ela detém atualmente participação em 12 distribuidoras, que servem 2,9 milhões de pessoas, gerenciando os negócios através da Comgás e a Commit, joint venture que possui junto com o conglomerado japonês Mitsui.

O plano da Cosan é replicar o modelo da Comgás, que se tornou a maior distribuidora do País, com 18 mil quilômetros de gasodutos, atendendo 2,3 milhões de consumidores em 93 municípios de São Paulo.

Mesmo com o volume de vendas recuando 1% entre 2008 e 2022, a distribuidora apresentou forte crescimento de Ebitda, segundo o Itaú BBA, diante de um bom controle das despesas relacionadas a investimentos e bom mix de margens, ao avançar nos segmentos de clientes residenciais e comerciais.

A nova lei do gás

A segunda frente da Compass destacada pelos analistas é a divisão de marketing e services, que contempla os negócios que têm como objetivo a originação e comercialização do gás natural. Essa tem muito a ganhar com a Nova Lei do Gás, que vai reduzir o peso da Petrobras nesse mercado.

“Através desses dois segmentos, a Compass pretende expandir o acesso ao gás natural, em condições competitivas, através da expansão da infraestrutura doméstica, diversificação de fornecimento e interiorização do gás”, diz trecho do relatório.

Os analistas do Itaú BBA citaram ainda os potenciais para a Moove, empresa de lubrificantes da Cosan. No Brasil, ela é uma das maiores vendedoras do País, com market share de 21,6% nos primeiros cinco meses do ano, ficando atrás apenas da Iconic (joint venture da Ipiranga com a Chevron), com 24%, e acima da Lubrax, da Vibra, com 21,1%.

A Moove também está se internacionalizando. Em maio do ano passado, ela surpreendeu o mercado ao anunciar a aquisição da PetroChoice, segundo maior nome do segmento nos Estados Unidos. Em entrevista ao NeoFeed na ocasião, o CEO da Moove, afirmou que a companhia estava de olho em ativos na Europa.

Fonte: NeoFeed

Related Posts