A Abegás divulgou uma lista com 5 propostas para desenvolver o mercado de gás natural no País. Dentre as medidas defendidas está a ampliação da infraestrutura relacionada ao gás, como a construção de novos gasodutos e unidades de tratamento.
A associação também citou a necessidade de viabilizar a exploração e produção na Margem Equatorial, que ainda aguarda licenciamentos ambientais. “A estratégia de desenvolvimento desta cadeia deve ser de longo prazo e olhar para o futuro. A exploração da Margem Equatorial tem o potencial para ser o novo pré-sal e garantir a segurança energética a partir desta fonte“, diz a entidade.
Segundo dados da ANP, há alto interesse das petroleiras pela Margem Equatorial. No entanto, o último poço perfurado na região foi em 2015. A região está localizada em alto-mar e se estende da Guiana ao Estado do Rio Grande do Norte, no Brasil. A porção brasileira é formada por 5 bacias sedimentares: Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.
A Petrobras tenta perfurar na bacia da Foz do Amazonas, que, embora tenha esse nome, não é a foz do rio Amazonas. A área onde seria perfurado o poço de petróleo se encontra a 500 km de distância da foz. No entanto, o pedido foi negado em maio pelo Ibama.
A lista de propostas da Abegás inclui ainda a implantação de corredores sustentáveis em modais de transporte de carga e modais municipais para ônibus urbanos, os chamados corredores azuis.
As propostas foram aprovadas em assembleia geral de associados na última semana e entregues ao governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). A lista também será encaminhada ao governo federal e ao Consórcio dos Governadores do Nordeste.
Eis as 5 propostas:
- Corredores azuis – corredores sustentáveis em modais de transporte de carga e modais municipais para ônibus;
- Mais oferta – aumento da oferta do gás nacional para que o país possa ter melhor condição comercial e melhor competitividade para a indústria nacional;
- Margem Equatorial – viabilizar a exploração e produção da Margem Equatorial, cumprindo o compromisso social de desenvolvimento, emprego e renda para a população mais pobre, em linha com o programa Gás para Empregar;
- Infraestrutura – ampliação das infraestruturas de escoamento da produção, estação de tratamento de gás natural (UPGN) e gasodutos de transporte;
- Ampliar demanda – viabilização de gás natural para a indústria química, petroquímica e fertilizantes.
Fonte: Poder 360
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