Postos de gasolina do país começam a reclamar de dificuldades para encontrar diesel, diante da queda de importações privadas nas últimas semanas. O problema, segundo o setor, reflete as elevadas defasagens em relação às cotações internacionais, que desestimulam importações privadas do produto.
As empresas que seguem importando já começam a repassar aos consumidores a alta das cotações internacionais sobre os volumes comprados no exterior, mesmo que a Petrobras não mexa no valor de venda do diesel por suas refinarias desde maio. Segundo fontes do setor, as restrições são maiores nas distribuidoras de menor porte, que têm menor capacidade financeira para sustentar a importação de produtos mais caros do que os vigentes no mercado interno. Entre janeiro e julho deste ano, a queda acumulada é de 5%. Dados preliminares apontam que o movimento se acentuou na primeira semana de agosto, quando as importações do grupo óleos combustíveis caíram 75% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As grandes distribuidoras negam restrições na oferta. Em teleconferência com analistas nesta quinta (10), o presidente da Ultrapar, Marcos Lutz, disse que a Ipiranga não tem problemas de disponibilidade de produtos. “A Ipiranga não tem problemas para atender seus clientes regulares”, afirmou, ressaltando, porém, que não pode falar por todos os fornecedores do país.
Fonte: Folha de S.Paulo