A fabricante de fertilizantes Yara vai trocar o gás natural de origem fóssil por biometano em sua planta de Cubatão (SP), onde fabrica amônia, que passa a ser “amônia verde” ou “amônia de baixo carbono”. O processo começa com 3% do total consumido e mira em 2030 para atingir 100%. A etapa de troca começa no primeiro semestre de 2024, mas a Yara ainda não fala de expectativas de impactos financeiros. Com o biometano, a companhia estima que vai cortar 80% da emissão de gases de efeito estufa da unidade de Cubatão. O biometano será produzido pela Raízen e distribuído pela Comgás.
A Yara usará biometano produzido a partir da vinhaça e da torta de filtro, subprodutos da fabricação de etanol, abundante no interior de São Paulo graças às grandes plantações de cana-de-açúcar. A fábrica da Raízen, localizada em Piracicaba (SP), está em fase final de conclusão. A parceria foi decidida há dois anos. Na fábrica de Cubatão, o biometano terá suas moléculas divididas em metano, gás carbônico e impurezas. Do metano, separa-se o hidrogênio, que, combinado com nitrogênio, forma a amônia. O gás carbônico é capturado e fornecido para indústrias de alimentos e bebidas, como cerveja e refrigerantes. Também serve para a produção de gelo seco.
Fonte: Estadão.com
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