A Eneva lançou, nesta terça (12), a Mesa de Operações de Gás Natural, que prevê a oferta de contratos de gás natural de curto, médio e longo prazos nas modalidades firme, flexível e spot, informou o diretor executivo de Marketing, Comercialização e Novos Negócios da Eneva, Marcelo Cruz Lopes, durante a 2ª edição do Sergipe Day, evento realizado pela FGV Energia no Rio de Janeiro (RJ).
O gás natural será ofertado a partir do Hub Sergipe, que conta com um terminal de GNL com capacidade de regaseificação de 21 milhões de m³/dia, e com a UTE Porto de Sergipe I, que possui capacidade de geração de 1,6 GW. Dos 21 milhões de m³/dia, 6 milhões de m³/dia estão dedicados à usina.
A Mesa de Operações de Gás Natural da Eneva deve iniciar suas atividades em julho deste ano, mês em que o gasoduto que interliga o terminal de GNL à malha de transporte de gás da TAG deve iniciar sua operação. “Com a conexão do terminal à malha integrada da TAG, a gente passa a ter disponibilidade de molécula de GNL importado, para poder ofertar ao mercado um produto que a gente acredita ser uma necessidade: a flexibilidade”, afirmou Lopes.
No entanto, as negociações já começaram e a Eneva já anunciou dois contratos firmados: um na modalidade firme com um “grande cliente industrial no mercado livre de gás”, previsto para ser iniciado no segundo semestre deste ano, e outro na modalidade flexível com uma termelétrica conectada à malha, com entrega a partir do segundo semestre de 2026 e duração de 15 anos. Os acordos preveem a possibilidade de fornecer até 1,1 milhão de m³/dia a partir do início de suas vigências.
O diretor executivo da Eneva ressaltou que o foco da iniciativa da companhia está no mercado termelétrico. “Vamos trabalhar para ofertar esse produto seja para uma distribuidora, que às vezes vê a sua demanda crescer, seja para um cliente industrial, que vai ter uma variação em sua demanda – mas, principalmente, para o mercado termelétrico”, afirmou.
A Eneva consegue garantir, para o mercado termelétrico, a oferta da molécula a qualquer tempo e hora “na condição que o setor elétrico pede”, e sem garantia de uso mínimo. A companhia possui três clusters de gás conectados ao Sistema Interligado Nacional – SIN (Parnaíba e Amazonas/Azulão, além do Hub Sergipe), com acesso estratégico à molécula, “o que abre uma avenida de oportunidades para ofertar flexibilidade e segurança ao mercado”, segundo a companhia.
No caso do Hub Sergipe, essas oportunidades são: a estocagem de GNL com supridores; o compartilhamento do terminal com produtores de gás nacional e a ampliação do parque termelétrico do estado de Sergipe com o “Projeto Expansão Celse”, que pode chegar até a 1,2 GW (sendo três módulos de 400 MW, que vão depender da demanda do Leilão de Reserva de Capacidade).
“O primeiro terminal privado de GNL conectado à malha de transporte da TAG será o da Eneva, e a gente vai ser o primeiro importador privado que tem a intenção de vender flexibilidade. O grande lance que queremos trazer com a Mesa é a flexibilidade, que vai ajudar na criação de liquidez nesse mercado”, finalizou Marcelo.
Fonte: PetróleoHoje
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