O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o Brasil contará, “nos próximos anos”, com incremento na oferta nacional de gás natural de até 150 milhões de m³/dia. O ministro disse que o aumento na oferta será possível graças aos projetos que estão em andamento no país, alguns relacionados à reservas do pré-sal, e às novas iniciativas, que envolvem a compra do gás argentino da região de Vaca Muerta, o início da extração de gás não convencional no Brasil e uso do biometano, que o próprio chama de “pré-sal caipira”. Ele disse que, somente com o aproveitamento do biometano, o país pode contar com 60 milhões de m³. “Nosso gás tem que chegar na indústria química, na siderurgia, na metalurgia, na cerâmica, na energia e em diversos outros setores. Tem que chegar para quem produz riqueza e gera oportunidades no Brasil”, afirmou Silveira, na abertura do evento. O ministro falou em garantir um “choque de oferta” no setor. “Vamos promover um verdadeiro choque de oferta do gás, com acesso à infraestrutura de escoamento e processamento, reduzindo custos”, disse.
Silveira afirmou que, a exemplo do que ocorre no setor elétrico, o mercado de gás deverá contar com um “comitê de monitoramento”, que reúne autoridades dos principais órgãos em encontros periódicos para tratar das condições de suprimento e preço do produto. “O monitoramento da oferta e demanda do setor será constante. Criaremos um ‘comitê de monitoramento’ para acompanhar a evolução das obras e a previsão da entrada em operação de projetos importantes para a garantia do abastecimento nacional”, afirmou Silveira. “O Brasil deixará de ter o gás natural entre os mais caros do planeta”, acrescentou
Fonte: Valor Online