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Petrobras e Karpowership avaliam parcerias em gás e energia

Petrobras e a Karpowership (KPS) assinaram um memorando de intenções para atuarem em conjunto nos setores de gás natural e energia. As companhias estudam parcerias nas atividades de liquefação (flutuante e terrestre) e regaseificação, além de armazenamento de gás natural e gás natural liquefeito (GNL). Soluções flexíveis de fornecimento de gás vêm despertando o interesse no mercado, em meio aos preparativos para o leilão de reserva de capacidade, previsto pelo governo para o 2º semestre. A Petrobras, aliás, cogita participar da concorrência. Em nota, a diretora regional de Operações Comerciais para a América do Sul da Karpowership, Beyza Özdemir, destacou que a parceria com a Petrobras será uma oportunidade de trabalhar em “novas estratégias de negócios” e potencialmente expandir a presença da companhia no Brasil e nas Américas. A empresa também citou que espera fazer novos investimentos em renováveis e tecnologia verde nos próximos anos.

A KPS entrou no mercado brasileiro em 2021, ao negociar quatro térmicas a gás no Procedimento de Contratação Simplificado (PCS) – o leilão emergencial realizado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) no auge da crise hídrica daquele ano. As usinas Karkey 013, Karkey 019, Porsud I e Porsud II somam 560 MW de potência. São térmicas flutuantes, conhecidas como Powerships – e todas elas instaladas no Porto de Itaguaí (RJ). Elas são abastecidas por uma unidade flutuante de armazenamento e regaseificação (FSRU) em operação na Baía de Sepetiba (RJ). Os projetos atrasaram e ficaram ameaçados depois que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revogou em 2023 a outorga de implantação e operação das usinas – sujeitando a empresa turca ao pagamento de multas. O caso foi, então, judicializado pela KPS, que obteve liminar lhe protegendo das penalidades. Por solicitação do Ministério de Minas e Energia, o Tribunal de Contas da União (TCU) costurou um acordo de solução consensual, para encerrar a disputa entre o MME, Aneel e a Karpowership. A medida foi contestada por associações ligadas a consumidores de energia. Pelo acordo, a KPS abriu mão da inflexibilidade das operações de três das quatro usinas (Karkey 019, Porsud I e Porsud II), com redução da energia gerada no segundo semestre de 2023.

Fonte: Epbr

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