Reduzir os níveis de emissões veiculares em grandes centros urbanos é um desafio que vem sendo exaustivamente abordado pelas autoridades e comunidades nacionais e internacionais.
Ao longo das últimas décadas, ações de órgãos ambientais governamentais direcionadas ao controle das emissões veiculares têm sido empregadas em diversos países, principalmente em mercados da Comunidade Europeia e América do Norte e também no Brasil.
Para atender às metas criadas pelos programas de controle de emissões, os fabricantes de motores e veículos investiram em pesquisa e desenvolvimento, atingindo, em alguns casos, padrões de excelência acima do exigido pelos programas.
Entre todos os combustíveis fósseis disponíveis para aplicação em veículos de transporte de passageiros e cargas em centros urbanos, o GNV desponta como o mais limpo e sustentável, com um grande potencial para uma maior redução de emissões veiculares, quando comparado a um modelo similar a diesel.
As tecnologias utilizadas hoje nos veículos a GNV são mais eficientes, com eletrônica embarcada e controles de última geração, que garantem o atendimento às normas de emissões mais rigorosas do mundo, como por exemplo a EURO 6. Veículos especialmente projetados para o uso de GNV garantem uma redução de 23% de CO2 (gases de efeito estufa), de 90% de NOx (gases nocivos à camada de ozônio) e de 85% de material particulado (principal componente da fumaça negra).
O GNV tem sido adotado e incentivado em grandes metrópoles de diversos países para o transporte urbano, de carga e coleta de lixo. Atualmente, a frota a GNV brasileira registrada é de cerca de 2 milhões de veículos, onde é predominante a presença de veículos leves (taxis, frotas cativas, autônomos e particulares).
Além dos benefícios ambientais, a substituição por Gás Natural pode melhorar o resultado da balança comercial brasileira. Em 2016, foram gastos US$ 3,81 bilhões com a importação de diesel e gasolina (7,91 bilhões de litros de diesel + 2,92 bilhões de litros de gasolina). A substituição total ou parcial dos volumes de diesel e de gasolina importados por Gás Natural, em médio a longo prazo, poderá resultar em um crescimento da demanda de 30,5 milhões de m3/dia de Gás Natural, reduzindo a nossa dependência por estes insumos e o impacto na balança comercial.
O GNV apresenta um histórico de sucesso, com resultados efetivos em países onde políticas públicas, aliadas à preservação ambiental, e incentivo ao uso consolidam definitivamente os benefícios do energético para grandes centros urbanos.