Cortes de orçamento levam ANP a reduzir coletas semanais de preços
Os cortes orçamentários levaram a ANP a reduzir a abrangência da pesquisa do Levantamento de Preços de Combustíveis (LPC). “A medida visa tornar o valor do contrato compatível com os cortes orçamentários sofridos recentemente pela ANP”, diz a nota. Conforme a ANP, o levantamento coleta preços em 10.920 postos revendedores de combustíveis automotivos ou de GLP (gás de cozinha), distribuídos por 459 cidades. De acordo com o termo aditivo, a partir deste mês, “as coletas semanais serão reduzidas para 6.255 (-43%), e a abrangência geográfica será de 358 cidades para combustíveis automotivos, das quais 92 cidades também terão pesquisa para o GLP”, informou.
A escolha das localidades que estarão de fora do levantamento, segundo a ANP, “considerou alguns critérios, buscando minimizar os impactos negativos decorrentes das perdas de unidades amostrais e localidades pesquisadas”, indicou. A agência reguladora acrescentou que todas as capitais permaneceram no LPC e que, nas outras localidades, “foram considerados, em especial, os volumes comercializados, para manutenção da representatividade da coleta”. A ANP informou ainda que o termo aditivo também prevê o restabelecimento parcial da abrangência do LPC a partir de janeiro de 2025. Conforme o contrato, a pesquisa passará a ser feita em 417 localidades, com um total de 8.988 coletas semanais.
Fonte: O Dia
Petróleo recua com abrandamento do furacão Beryl
Depois de atingir seu maior patamar desde abril, diante dos temores do impacto do furacão Beryl na operação das plataformas do Golfo do México americano, as cotações do petróleo fecharam em queda nesta terça (02), à medida que novas previsões indicaram que o furacão de categoria 5 vai se transformar em uma tempestade tropical antes de atingir o golfo no fim da semana, segundo o Centro Nacional de Furações dos Estados Unidos. Assim, o contrato do petróleo Brent, a referência mundial, para setembro caiu 0,41% a US$ 86,24 por barril. Já o WTI, a referência americana, também para setembro recuou 0,68% a US$ 82,81. O receio era de que o furacão afetasse a produção em um momento em que o setor se prepara para aumentar a produção na expectativa de maior demanda no feriado de 4 de julho e nas férias de verão. A Associação Automotiva Americana prevê um crescimento de 5,2% no número das viagens esta semana, em base anual.
Fonte: Valor Online
Pesquisa CNI: apenas 14% das empresas usam gás natural
Uma pesquisa inédita da CNI revela que 14% das empresas do setor no Brasil utilizam gás natural no processo produtivo.
Os dois principais motivos citados para a empresa não usar gás natural foram a falta de adequação aos processos e a falta de acesso ou fornecimento do insumo – a Coluna tem citado o assunto, em especial a redução da oferta pela Bolívia e a falta de dutos que podem ligar o campo de Vaca Muerta, na Argentina, ao Brasil, se houver negócio bilateral.
Segundo o levantamento da CNI, o aumento do uso do gás natural está nos planos de 9% das indústrias. Já 21% delas informaram que a intenção é manter o uso, e 11% planejam reduzir. As duas fontes alternativas mais mencionadas em caso de substituição foram energia elétrica (31%) e energia solar (11%).
O levantamento foi realizado pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), da FSB Holding, entre os dias 30 de abril e 24 de 2024 e ouviu 1.002 executivos industriais em todo o País.
Fonte: MSN Notícias / IstoÉ
Edge faz primeira entrega e estreia mercado livre de gás em São Paulo
A Edge, do grupo Cosan, fez nesta segunda (01) a primeira entrega de gás natural no mercado livre de São Paulo. A estreia se deu a partir de um contrato fechado com a Delta Porcelanato, instalada em Rio Claro, no interior paulista.
O mercado livre de gás natural possui uma regulamentação própria em São Paulo desde 2011, contudo, nunca havia se desenvolvido de fato.
A Arsesp atualizou recentemente as regras e, segundo avaliação da própria agência, o problema estava na falta de concorrência na oferta, mercado historicamente dominado pela Petrobras, e à falta de acesso a infraestruturas essenciais.
Além da Delta Porcelanatos, primeira indústria a migrar para o mercado livre, a Edge possui contratos com outros quatro grupos industriais. Na semana passada, fechou com a Cedasa e a Incopisos e já possuía acordos com a Cecafi e a Lef.
São todos ceramistas, que atendem o mercado de pisos e revestimentos, cuja competitividade depende em boa parte dos preços do combustível utilizado nos fornos.
500 mil m³ por dia no mercado livre
O acordo com a Delta Porcelanatos prevê a entrega de 140 mil m³ por dia de gás natural. A Edge estima que chegará a 500 mil m³ por dia, ainda em julho, com a entrada em vigor dos contratos. “Todos esses contratos que temos firmado no setor industrial representam um passo expressivo na abertura do mercado livre de gás no Brasil”, afirma o CEO da Edge, Demétrio Magalhães.
A companhia é o braço de comercialização da Compass, criada pela Cosan para expandir as operações no mercado de gás natural. O grupo também controla da Comgás, uma das três distribuidoras de São Paulo e a maior do país.
Atua na área de infraestrutura, a Compass é dona do Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP), atua com biometano e entregas de gás natural liquefeito (GNL) em pequena escala (small scale), para clientes corporativos.
“Queremos trazer mais economia e uma oferta segura deste energético. Seguimos em negociações avançadas com empresas de outros setores que também têm o gás natural como fonte de energia estratégica em seu processo produtivo”, diz diretor Comercial da Edge, Guilherme Mattos.
No Rio, Gerdau e Petrobras inauguram mercado livre
Semana passada, a Gerdau assinou um contrato com a Petrobras para suprimento de gás natural à Cosigua, usina localizada no Rio de Janeiro e que produz aços longos em Santa Cruz, no Rio de Janeiro (RJ). Foi a primeira migração de um consumidor de gás cativo para o mercado livre no estado.
A siderúrgica é cliente da petroleira desde 2021. A parceria teve início com o atendimento à unidade da Gerdau localizada em Ouro Branco (MG) e, agora, está sendo expandida para a Cosigua.
A migração da Gerdau se dá também depois de a Agenersa, a agência reguladora estadual, aprovar em abril o modelo do novo CUSD – o contrato assinado entre usuários livres e a concessionária estadual de gás canalizado pelo uso da rede.
Fonte: Epbr
Consumo de energia cresceu 8% em maio, segundo CCEE
O consumo de energia brasileiro totalizou 70.207 megawatts médios em maio, crescimento de 8% frente ao mesmo mês do ano passado. Segundo o Boletim InfoMercado Quinzenal, publicado pela CCEE, os impactos da crise climática na demanda do Rio Grande do Sul caíram, pela primeira vez, 2,6% no período.
O mercado regulado teve uma maior influência do clima: o consumo no segmento avançou 12,3% na comparação anual em decorrência do calor registrado em quase todo o país. Já no ambiente livre, houve um aumento de 1,8% frente a igual período de 2023.
A CCEE também mostrou que as maiores altas de maio, na comparação anual, foram observadas nos setores de madeira, papel e celulose (7,4%), saneamento (6,5%) e bebidas (6%). Entre os que registraram maior declínio estão a indústria têxtil (-6,5%), químicos (-4,5%) e veículos (-2,1%).
Em relação aos estados, todos apresentaram alta no consumo de eletricidade em maio. No mês, comumente, o país registra avanço de frentes frias, mas a situação inversa, de ondas de calor e menos chuva, elevou o consumo de eletricidade em todas as regiões.
O destaque foi para o Mato Grosso do Sul (13,3%), Paraná (10,7%), São Paulo (10,3%) e Amazonas (8,9%).
Por outro lado, Rondônia e Rio Grande do Sul tiveram queda no consumo em -2,6%. A situação no estado gaúcho é impactada diretamente pelas enchentes e pela crise climática no começo de maio.
Fonte: EnergiaHoje
Etanol/ANP: preço cai em 17 Estados, sobe em 5 e no DF e fica estável em outros 4 estados
Os preços médios do etanol hidratado caíram em 17 Estados, subiram em 5 Estados e no Distrito Federal e ficaram estáveis em outros 4 Estados na semana passada. Os dados são da ANP. Nos postos pesquisados em todo o País, o preço médio do etanol ficou estável na comparação com a semana anterior, em R$ 3,83 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 0,55%, para R$ 3,66. A maior alta porcentual na semana, de 0,88%, foi registrada em Alagoas, onde o litro passou a R$ 4,58. A maior queda porcentual, de 7,06%, ocorreu no Amapá, com o litro a R$ 4,61. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 2,99 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 5,99, foi registrado no Rio Grande do Sul. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,53, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado em Roraima, de R$ 4,81 o litro.
Fonte: Broadcast / Ag.Estado
ANP: etanol segue mais competitivo em relação à gasolina em 8 Estados e no DF
O etanol manteve-se mais competitivo em relação à gasolina em 8 Estados e no Distrito Federal na semana passada. Na média dos postos pesquisados no País, no período o etanol tinha paridade de 65,36% ante a gasolina, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da ANP. O etanol era mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes Estados: Acre (67,76%), Amazonas (68,04%), Goiás (66,21%), Mato Grosso (59,83%), Mato Grosso do Sul (64,31%), Minas Gerais (67,97%), Paraná (65,95%) e São Paulo (65,01%), além do Distrito Federal (65,87%). No restante dos Estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina.
Fonte: Broadcast / Ag.Estado
Petróleo e dólar caros elevam querosene de aviação e jogam pressão sobre gasolina
A Petrobras anunciou nesta segunda (01) aumento de 3,2% no preço do querosene de aviação, reagindo à alta do petróleo e do dólar nas últimas semanas. O cenário joga pressão também sobre os preços da gasolina e do diesel, que já acumulam elevadas defasagens. O preço do querosene de aviação é reajustado uma vez por mês, segundo contratos assinados pela Petrobras com as distribuidoras do combustível. Assim, tem seguido mais de perto as oscilações do mercado internacional, enquanto gasolina e diesel estão há meses sem mudanças. Em 2024, o preço do querosene de aviação vendido pela Petrobras subiu três vezes e caiu quatro vezes, acompanhando a volatilidade das cotações internacionais do petróleo. No acumulado do ano, o resultado é uma queda de 5,8%. A alta para julho equivale a R$ 0,12 por litro, reduzindo a queda acumulada no ano para R$ 0,24 por litro.
A escalada recente do preço do petróleo, aliada à desvalorização do real, elevaram as defasagens de preços da gasolina e do diesel a patamares vistos pela última vez em meados de abril. Na abertura do mercado desta segunda (01), o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras estava R$ 0,58 por litro abaixo da paridade de importação calculada pela Abicom. No diesel, a diferença era de R$ 0,60 por litro. Na média nacional, a defasagem da gasolina e do diesel frente à paridade calculada pela Abicom era de R$ 0,52 e R$ 0,54 por litro, respectivamente. Esse indicador considera refinarias privadas, que vêm repassando mais rapidamente as oscilações internacionais.
Fonte: Folha de S.Paulo
EPE: demanda de combustíveis líquidos seguirá crescendo
A EPE estima que a demanda por combustíveis líquidos vai crescer 2,2% em 2024, o equivalente a 3,3 bilhões de litros. Já para o próximo ano, a projeção é de alta de 2,5% depois de três anos consecutivos crescendo mais de 4% ao ano, o que representa um incremento anual médio de 6,4 bilhões de litros. O cenário é reflexo do crescimento da economia, amenização dos efeitos do El Niño sobre o clima, normalização da safra 2024/25, políticas de transferência de renda e programas governamentais, com destaque para o Novo PAC. Os dados são do estudo Perspectivas para o Mercado Brasileiro de Combustíveis no Curto Prazo, referente a junho de 2024. O consumo dos combustíveis do ciclo otto continua em patamares elevados, com a participação do etanol hidratado em crescimento pela relação de preços mais favorável quando comparado com a gasolina C. Já no setor de aviação, pela primeira vez desde a pandemia da COVID-19, o QAV apresentou aumento em relação ao mesmo mês de 2019. A elevação apresentada em abril de 2024 foi de 0,1% em relação a abril de 2019 e de 9,1% em relação a abril de 2023. O consumo de GLP continua apresentando crescimento, incentivado, em parte, pela redução dos preços em comparação com o ano anterior.
Fonte: EnergiaHoje
NFE vende planta de GNL de pequena escala em Miami
A New Fortress Energy (NFE) anunciou que fechou acordo definitivo para venda de sua unidade de liquefação e armazenamento de gás em Miami, Flórida, para um fundo de infraestrutura de médio porte americano, cujo nome não foi divulgado. A transação deve ser concluída no terceiro trimestre de 2024, sujeita aos termos e condições habituais. Primeira unidade construída pela NFE, em 2015, a planta de Miami é uma instalação de pequena escala, com um trem de liquefação capaz de produzir 8.300 MMBTU de GNL por dia. A unidade tem três tanques de armazenamento de GNL com capacidade total de aproximadamente 1.000 m3, bem como duas áreas separadas de transferência de GNL capazes de atender caminhões e ferrovias. A instalação está autorizada a exportar até 60.000 toneladas por ano de GNL para países do Acordo de Livre Comércio (“FTA”) e não-FTA por um período de 20 anos, iniciado em 5 de fevereiro de 2016. “A Miami Facility é o ativo inaugural da NFE e estamos orgulhosos de ter construído essa infraestrutura de primeira linha. A venda de hoje destaca nosso comprometimento e execução do nosso programa de venda de ativos, permitindo-nos reduzir a dívida e reciclar os lucros em projetos downstream de alto retorno”, disse Wes Édens, CEO da NFE.
Fonte: PetróleoHoje