No entanto, reservas nacionais registram queda, com a relação reservas/produção caindo para 9,2 anos
A produção de gás natural no Brasil cresceu 85,8% em dez anos. Em 2017, o volume de gás produzido no país alcançou 40,1 bilhões de m³, enquanto, em 2008, esse número foi de 21,5 bilhões de m³. Na comparação com o ano anterior, quando a produção foi de 37,8 bilhões de m³, houve aumento de 5,9%, mantendo a média anual de crescimento pelo oitavo ano consecutivo. No entanto, esse desempenho não foi suficiente para impedir a retração das reservas provadas nacionais, que caíram 2,11% nos dois últimos anos, passando de 377 bilhões de m³, em 2016, para 369 bilhões de m³ no ano passado.
A relação reservas/produção, que estava em dez anos em 2016, caiu para 9,2 anos em 2017. A retração das reservas é uma tendência que vem acontecendo ano a ano desde 2012. Naquela ocasião, as reservas provadas brasileiras de gás eram de 459 bilhões de m³. A partir daí, vem registrando variação negativa a cada ano, mas, em 2016, pela primeira vez após seis anos, ficaram abaixo de 400 bilhões de m³.
O dado está no anuário estatístico da ANP, divulgado nesta sexta-feira (28/6), com informações referentes à indústria do petróleo, gás natural e combustíveis no ano passado. O estudo mostrou também que, enquanto a produção offshore vem crescendo graças ao pré-sal, por outro lado, a produção em terra apresenta declínio.
Do mar, vieram 80,4% do total da produção de gás do país, totalizando 32,3 bilhões de m³, em 2017, o que significou elevação de 10,5% com relação ao ano anterior. Em contrapartida, a produção onshore caiu 9,8%, para 7,8 bilhões de m³, ante 8,7 bilhões de m³ no ano anterior.
Rio aumenta produção
Entre os estados, o Rio de Janeiro se consolida como o principal produtor nacional de gás em mar, passando de 16,6 bilhões de m³, em 2016, para 18,6 bilhões de m³, no ano passado, o que significa crescimento de 12,1%. O Rio foi responsável por 46,4% da produção nacional e por 57,7% do que foi extraído nos campos offshore.
Em São Paulo, segundo maior produtor nacional, o crescimento foi de 18,1% no ano passado na comparação com 2016, passando 5,8 bilhões de m³ para 6,9 bilhões de m³. Quando se considera a produção em terra, o Amazonas manteve a liderança, com 4,8 bilhões de m³, porém, com queda de 6,8% em relação à produção do ano anterior (5,1 bilhões de m³). Com uma média de produção de 13 milhões de m³/dia, o estado é responsável por 11,9% da produção nacional total.
Fonte: Brasil Energia Online
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