Os preços do petróleo subiram na terça-feira (8) pelo sétimo pregão consecutivo, alcançando máximas não vistas em cerca de três semanas. A melhora do apetite por risco nos mercados financeiros ajudou a dar suporte aos contratos de petróleo hoje.
Em Nova York, o petróleo WTI (fevereiro) fechou em alta de 2,60%, a US$ 49,78 o barril. Na máxima, foi a US$ 49,95, pico desde 17 de dezembro do ano passado (US$ 51,87). Em Londres, o Brent (março) ganhou 2,42%, a US$ 58,72 o barril. Na máxima intradiária, bateu US$ 58,87, perto da marca de segunda (7), quando o preço do barril foi a US$ 58,92, maior valor desde 18 de dezembro (US$ 59,24).
Maior exportador mundial de petróleo bruto, a Arábia Saudita está planejando cortar as exportações para cerca de 7,1 milhões de barris por dia até o final de janeiro, numa queda de 800 mil barris por dia em relação aos níveis de novembro, informou o “Wall Street Journal” na segunda-feira. A medida é parte de um esforço para elevar os preços do Brent para acima de US$ 80 por barril, com o intuito de que o reino possa atender melhor suas necessidades orçamentárias.
A perspectiva de menor oferta é uma reviravolta em relação ao período entre outubro e dezembro, quando temores de que a Arábia e outros grandes produtores estavam mantendo o ritmo de produção de petróleo empurraram os preços da matéria-prima ao pior trimestre em quatro anos.
A resposta positiva do mercado às notícias recentes de corte de produção é um sinal de que os investidores de petróleo estão “voltando a se concentrar em variáveis de fundamento”, como oferta, em vez de responderem apenas a questões macroeconômicas, diz Harry Tchilinguirian, diretor global de estratégia de mercado de commodities do BNP Paribas.
Além disso, a Opep e aliados, estes liderados pela Rússia, já haviam concordado, no fim do ano passado, com o corte de 1,2 milhão de barris por dia neste primeiro semestre, num esforço para absorver o excesso de oferta.
O mercado provavelmente terá uma noção melhor da “coesão geral do grupo de produtores” e da efetividade dos cortes na produção até o fim de janeiro, acrescenta Tchilinguirian, do BNP Paribas.
Fonte: Valor Online
Related Posts
Petróleo sobe após três dias seguidos de perdas com tensões no Oriente Médio
Os contratos futuros de petróleo fecharam esta quinta (17) em forte alta, após começarem o dia com ganhos contidos, interrompendo um movimento de três dias consecutivos de queda. A volta do prêmio de risco...
Gasolina inicia julho com leve queda de 0,47%, aponta Edenred Ticket Log
Na primeira quinzena de julho, o preço médio da gasolina nos postos caiu R$ 0,03 em relação à primeira quinzena de junho, passando de R$ 6,39 para R$ 6,36, uma variação de -0,47%. Os dados são da última...