A Sulgás planeja investir R$ 30 milhões nos próximos cinco anos para expansão da malha de gasoduto, com foco no atendimento de clientes residenciais e comerciais localizados em Gramado e Canela. Atualmente, a rede está mais concentrada em Porto Alegre (RS) e na Região Metropolitana.
O CEO da Sulgás, Marcelo Leite, explicou que o projeto de diversificação de atendimento começou com a conexão dos municípios de Gramado e Canela. De acordo com ele, o principal desafio de “subir a serra” é superar a geologia da região e as rochas no meio do caminho.
“O projeto começou há cinco anos, ainda na Sulgás estatal. O grande desafio de engenharia do processo é que há rochas na subida da serra, o que torna a expansão mais complexa. Tivemos uma aceleração no projeto este ano e concluímos a conexão antes do previsto”, completou.
Por serem dois cartões postais do Rio Grande do Sul, a concessionária foca no atendimento, principalmente dos segmentos de hotelaria e gastronomia. Ambos os municípios recebem, anualmente, 7 milhões de turistas. Para além da rede, Leite comentou que está em fase final de contratação de um posto de GNC em Gramado e pretende inaugurar o empreendimento no começo do próximo ano.
Em paralelo aos projetos de expansão, a distribuidora vai aplicar a medição individualizada de consumo de gás natural em todos os clientes. Atualmente, 88% dos clientes apresentam o sistema de telemetria e 12% ainda não contam com a tecnologia. A partir de janeiro, o esperado é que todos integrem a medição.
“Será a primeira distribuidora do Brasil que terá 100% de telemetria seguramente”, destacou. A projeção é de atender 150 mil clientes nos próximos cinco anos e oferecer um atendimento completo aos novos consumidores.
Após a privatização, realizada em janeiro do ano passado, foram investidos R$ 100 milhões na Sulgás. Internamente, ocorreram projetos de transformação organizacional, que ocorreu, principalmente, no primeiro semestre de 2023.
GNV
Leite também destacou que o estado apresenta entre 100 a 105 postos de GNV para a frota leve. O segmento teve um crescimento de 16% após uma queda de 25,1% na tarifa do gás veicular, aprovada em agosto pela Agergs.
Por enquanto, o combustível ainda não está disponível para a frota pesada, mas o executivo ressaltou que a Sulgás conversa com parceiros para desenvolvimento da área. Além disso, o plano engloba a construção de postos de GNV nas principais vias de ligação.
De acordo com ele, é possível implementar equipamentos para abastecimentos de veículos pesados nos postos existentes ou construir postos destinados apenas para a frota pesada. O executivo acredita que seja necessário implementar entre sete a oito postos para atender as rotas, como madeireira e fabril.
Biometano
Em agosto, a Sebigás Cótica e eB Capital iniciaram a construção da primeira usina a biometano no Rio Grande do Sul. A Bioo conta com investimento de cerca de R$ 200 milhões e terá capacidade para a produção de 30 mil m³/dia de biometano.
A planta já apresenta contrato firmado com a Sulgás para fornecimento do biocombustível para injeção diretamente no gasoduto da companhia. A operação está prevista para o final de 2024 e começo de 2025.
Segundo Leite, a distribuidora também conversa com outra empresa para desenvolvimento de um projeto de gás renovável no município de São Leopoldo. “O biometano converge com os interesses tanto da Sulgás quanto da sociedade, mas estamos caminhando nisso passo a passo”, disse.
Fonte: Brasil Energia Online
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