O preço médio do litro da gasolina subiu 2% nos postos de combustíveis do país na última semana. A alta veio após a Petrobras anunciar um aumento do valor de venda do combustível para as distribuidoras. O dado consta no último levantamento de preços ANP, referente à semana de 7 a 13 de julho. A gasolina foi comercializada, em média, a R$ 5,97. O valor representa uma alta de 2,05% em relação aos R$ 5,85 da semana anterior. O preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,99.
Na abertura do mercado desta quarta (17), o preço da gasolina nas refinarias da estatal estava, em média, 7%, ou R$ 0,23 por litro, abaixo da paridade de importação medida pela Abicom. O preço do diesel, que a Petrobras mantém inalterado desde o fim de 2023, estava 10%, ou R$ 0,39 por litro, também abaixo da paridade da Abicom. Em sua nova estratégia comercial, a Petrobras usa a paridade de importação como teto de preços e geralmente opera abaixo desse indicador. Mesmo inalterado nas refinarias em 2024, o diesel vem subindo nas bombas. Na semana passada, segundo a ANP, o diesel S-10 foi vendido, em média no país, a R$ 6,01 por litro, o maior valor desde que o fim de abril.
O preço da gasolina nas bombas subiu 4,1% no primeiro semestre de 2024, segundo estudo da ValeCard com base em transações comerciais em mais de 25 mil postos brasileiros. A alta reflete aumentos nos preços do etanol hidratado. “O preço do etanol, utilizado na mistura da gasolina, também influencia o preço final do produto. As oscilações na produção e oferta de cana-de-açúcar, principal matéria-prima do etanol, podem impactar seus preços”, afirma a ValeCard. O preço do etanol anidro teve alta acumulada de 10,4% no primeiro semestre, também segundo a empresa. Na semana passada, segundo a ANP, subiu mais 2,8%, ou R$ 0,11 por litro, para R$ 3,96 por litro. A agência detectou ainda repasses do reajuste de segunda ao preço do gás de cozinha. O botijão de 13 quilos, mais usado em residências, fechou a semana a R$ 101,75, alta de 0,8%, ou R$ 0,90, em relação à semana anterior. O produto não sofria reajuste nas refinarias da Petrobras desde julho de 2023, quando houve redução.
Fonte: Folha de S.Paulo
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