Naturgy debate as perspectivas do biometano e do gás natural na transição energética

A Naturgy participou do 11º Fórum de Biogás, maior evento do setor na América Latina, para debater o futuro do biometano no Brasil e seu papel na transição energética e nos processos de descarbonização. Durante o painel “Inovação e sustentabilidade no setor de biogás: Desafios e oportunidades para o futuro”, Christiane Delart, diretora do Sistema de Distribuição de Gás da empresa, falou sobre a vocação natural do Rio de Janeiro para a utilização do gás natural e como a estrutura de distribuição do combustível realizada pela companhia pode apoiar a adoção do biometano em suas áreas de atuação. “Estamos há 170 anos promovendo a transição energética através do gás natural. Distribuímos 7 milhões de metros cúbicos de gás por dia, no estado do Rio e na região sul de São Paulo. Tudo que fazemos hoje para o gás natural já pode ser utilizado pelo biometano. Hoje, quando pensamos em expansão, já pensamos se podemos chegar aos novos municípios com o biometano, com a combinação dos dois combustíveis ou ainda levar primeiro o gás natural e posteriormente biometano. Este é o papel da concessionária, apoiar o Estado em suas necessidades de desenvolvimento e descarbonização, levando infraestrutura, trazendo soluções energéticas e atendendo a necessidade do cliente”, explica Christiane Delart.

Para ampliar a chegada do gás natural e do biometano a regiões mais distantes, onde a rede principal ainda não chega, a Naturgy tem projetos estruturantes. A empresa leva o gás natural comprimido, por meio de caminhões, e chegando nessas regiões abastece redes locais. “A gente vê o biometano como parceiro para chegar em municípios onde a rede não seria viável em um primeiro momento. Se conseguirmos juntar os produtores locais de biometano com os potenciais clientes de gás, falamos em uma logística mais simples e eficaz e teríamos municípios verdes. Já temos sete projetos estruturantes instalados, com gás natural, distribuindo mais de um milhão e 300 mil metros cúbicos de gás. Temos mais 29 possíveis novos municípios mapeados nos planos de expansão da companhia no Rio de Janeiro e em São Paulo”, afirma a executiva. Outro projeto que está nos planos da distribuidora é o mapeamento, em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas, para identificar quais municípios tem maior geração de resíduos e maior potencial de geração de biometano. “A ideia da distribuidora é identificar quais municípios tem maior potencial e apoiá-los quanto a gestão de resíduos e geração de uma energia limpa, além do papel que a distribuidora tem no desenvolvimento da infraestrutura local, viabilizando a entrega dessa energia ao cliente final.”, destaca Delart.

Christiane Delart falou ainda sobre o papel que o gás natural já desempenha na descarbonização da indústria e do transporte. “Na Naturgy, enxergamos a complementariedade dos dois combustíveis e vemos novas possibilidades também como a substituição do óleo diesel pelo biometano. Temos um projeto de Corredor Sustentável, em conjunto com o Governo do Estado, através da Secretaria de Energia e Economia do Mar, para potencializar o abastecimento de veículos pesados com GNV e biometano. O Rio já é um case em veículos leves e foi pioneiro no lançamento do primeiro corredor na Dutra. A Naturgy já tem mais 10 corredores mapeados para implementação”, complementa a executiva. Durante o encontro, foram apresentadas as vantagens do biogás em termos de sustentabilidade e abordadas questões referentes às perspectivas e desafios para o desenvolvimento do setor de forma competitiva, como a evolução tecnológica, o andamento das iniciativas regulatórias, possibilidades de ampliação das redes de distribuição, otimização de processos, entre outros. Realizado anualmente, o Fórum do Biogás tem como objetivo promover a troca de informações e experiências, além de debater questões relacionadas aos cenários político-regulatórios e de mercado. O evento ocorreu nos dias 02 e 03 de outubro, no Expo Mag, no Centro do Rio. Moderado por Renata Isfer, presidente da ABiogás, também participaram do painel Daniel Valle, diretor de Estratégia da Copersucar, Fabiana Molina, diretora Jurídica e de Relações Institucionais da Ultragaz, Gustavo Bonini, diretor Institucional da Scania Latin America e Roberta Godoi, vice-presidente de Soluções Energéticas e líder da (Re)energisa.

Fonte: TN Petróleo