A queda nos custos do gás natural no Brasil vai ocorrer conforme os agentes desenvolverem novas alternativas de projetos e de investimentos na infraestrutura, disse o CEO da PetroReconcavo, José Firmo. “Isso vai criando a espiral positiva. Custo de distribuição, custo de tratamento, custo de transporte começam a baixar à medida que o volume [de projetos] sobe e isso estimula novos projetos que continuam gerando mais mercado”. O executivo citou o exemplo de um contrato da petroleira para micro-distribuição de gás natural liquefeito (GNL) no Rio Grande do Norte. Segundo ele, os agentes chegaram a uma solução que vai permitir a distribuição de 150 a 300 mil metros cúbicos como GNL.
Midstream
Recentemente, a companhia tomou a decisão de entrar no segmento de tratamento de gás natural. “Para nós, gás é uma estratégia de negócio e estamos avançando nessa estratégia”, disse Firmo. Em novembro do ano passado, a PetroReconcavo anunciou um investimento de R$ 340 milhões na construção de sua segunda unidade de tratamento de gás natural, a UPGN Miranga, localizada em Pojuca (BA). A unidade terá capacidade para processar 950 mil m³/dia, com potencial de expansão para até 1,5 milhão de m³/dia. Segundo o executivo, o empreendimento faz parte da decisão da PetroRecôncavo de “entrar de forma definitiva” no midstream. O executivo disse que o objetivo da empresa com o investimento é aumentar a eficiência e colaborar para a redução do custo de tratamento de gás. “No Brasil, ainda é muito caro”, afirmou. O gás produzido na planta será colocado na malha da TAG e vendido para distribuidoras do Nordeste. Atualmente, a maioria delas tem contrato com a petroleira. Sobre o interesse de crescer no mercado livre, o CEO disse que é uma alternativa, mas que a intenção da empresa não é ficar com todo o volume contratado em um único mercado. “Hoje, a gente faz um equilíbrio bem fino do que temos de contratos de mais longo e curto prazo e contratos no mercado livre, mas é oportunístico”, explicou.
Fonte: Eixos
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