Segmento industrial mantém trajetória de recuperação e apresenta crescimento pelo terceiro mês consecutivo, com alta de 6,8%.
O consumo de gás natural no mês de junho em todo o país foi de 59,1 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, apresentando um crescimento de 6,7% em relação ao mês de maio, quando foram consumidos 55,4 milhões de metros cúbicos. O destaque novamente foi a indústria, com consumo de 28,6 milhões de metros cúbicos — uma alta de 6,8% em relação a maio.
Os dados fazem parte de levantamento estatístico da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), feito com concessionárias em 20 estados, reunindo dados na indústria e nos segmentos residencial, comercial, automotivo, entre outros.
“É o terceiro mês consecutivo de crescimento do consumo de gás natural na indústria. Esse movimento de recuperação, iniciado em abril, é um indicador do quanto o gás natural pode ser um indutor do desenvolvimento industrial do País e contribuir para a retomada da economia brasileira”, afirma o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.
“Esperamos que haja uma mudança bastante positiva no mercado devido às ações coordenadas pelo secretário de petróleo e gás do MME, Márcio Felix, com a elaboração do programa Gás para Crescer. Acreditamos, principalmente, que este trabalho que envolverá todos os elos da cadeia – setores de exploração e produção, escoamento e tratamento da produção, transporte e distribuição – contribuirá para que o mercado industrial possa se beneficiar de um gás natural a preços mais competitivos.” completa Salomon.
Resultados de outros segmentos no mês de junho
O consumo de gás natural veicular (GNV) no setor automotivo apresentou em junho um ligeiro crescimento de 0,8% em relação ao mês anterior e de 2% frente ao mesmo período de 2015, confirmando o crescimento do energético no mercado em meio à alta dos preços dos combustíveis líquidos.
No mercado residencial, o crescimento em junho foi de 35% frente a maio, elevação influenciada por fatores sazonais, por conta de um inverno mais rigoroso nas regiões Sudeste e Sul, o que aumenta o consumo de gás natural no aquecimento de água para chuveiros. Na comparação com o mesmo período de 2015, o crescimento foi de 20%.
No segmento comercial, o crescimento em junho foi de 2% ante os dados de maio. Na comparação com junho de 2015, o crescimento é de 0,8%, resultado do aumento do número de clientes e da venda de novas aplicações a gás natural no comércio.
Na cogeração, o crescimento em junho foi de 7% na comparação com maio, outro reflexo da escalada do segmento industrial no último trimestre. Frente aos dados de junho de 2015, a retração foi de 2,6%.
Na geração elétrica houve um crescimento de 6,9% na comparação com o mês anterior, acompanhando a ligeira retomada do setor industrial. Já em relação ao mesmo período de 2015 houve retração de 55,9%, por conta da redução do despacho elétrico no período.
Destaques de consumo nas regiões em junho de 2016 (ante maio de 2016)
Centro-Oeste – Crescimento nos segmentos industrial e residencial, de 66,5% e 15,1%, respectivamente.
Nordeste – Crescimento nos segmentos residencial (6,2%) e automotivo (2,5%).
Norte – Crescimento de 1% do consumo do segmento automotivo.
Sudeste – Crescimento nos segmentos residencial (36,3%) e industrial (10,1%).
Sul – Crescimento nos segmentos residencial (31,1%) e comercial (18,8%).
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Consumo de gás natural tem retração de 24,5%no comparativo no primeiro semestre de 2016 frente aos números de 2015
Resultado tem influência do desligamento das termelétricas a gás e da retração do consumo no segmento industrial; destaque é aumento de 11,4% no consumo no segmento residencial.
No comparativo entre o primeiro semestre de 2016 e de 2015, o consumo de gás natural no País apresentou retração de 24,5%, revela levantamento estatístico da Abegás. O resultado foi impactado pela redução da atividade industrial, refletindo a desaceleração econômica do país no período, e, também, pelo desligamento das termelétricas a gás ocorrida pela queda na demanda por energia elétrica e, ainda, pela recuperação dos reservatórios de água nas hidrelétricas. A retração no consumo do segmento de geração elétrica foi de 44,4% no comparativo semestral. Já a do segmento industrial foi de 11,7%.
No segmento automotivo, o crescimento de 0,9% confirma o aumento de competitividade do GNV frente aos combustíveis líquidos no período.
No segmento residencial, registrou-se o melhor resultado entre os segmentos atendidos com crescimento de 11,4% no 1º semestre, reflexo do investimento contínuo das concessionárias em expansão da malha de distribuição.
No comercial, a alta foi de 4,1%, influenciada diretamente pelas ações para captação de novos clientes das concessionárias — o número de consumidores comerciais subiu 9,3% em relação ao 1º semestre de 2015.
Fonte: Comunicação ABEGÁS
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