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SP: Motoristas de carros com GNV aproveitam maior demanda por corridas de app

Diferentemente do diesel, do etanol e da gasolina, gás natural veicular não está em falta nos postos de combustível durante a greve dos caminhoneiros

Nas redes sociais já virou meme e motivo para ostentação: não há crise de abastecimento durante a greve dos caminhoneiros para motoristas de carros movidos a gás natural veicular (GNV), que é fornecido aos postos por meio de gasodutos e não depende de caminhões. “(Sem o carro a gás) teria que enfrentar horas de deslocamento e ônibus superlotados ou fazer home office”, conta o supervisor de relacionamento Marcus Vinicius Camara, de 39, morador do Rio.

Entre os motoristas de aplicativo, a comemoração é dupla, pois as tarifas estão mais altas por causa da alta procura. “Está bem frenético (o ritmo das) chamadas”, brinca o motorista Elielson Barbosa, de 23 anos, de São Paulo.

“Aqui ficou sem ônibus e o pessoal não quer gastar a gasolina ou nem tem”, explica o motorista Renan Pacheco, de 30 anos, de Palhoça (SC).

Proprietária de uma empresa que faz conversão de carros para o GNV, Miriane Pinheiro, de 37 anos, até recebeu mensagens de comemoração de clientes antigos após a crise no abastecimento. “Melhor coisa que eu fiz foi colocar gás no carro”, escreveu um dos clientes por WhatsApp.

Segundo ela, a procura é maior sempre que há aumento no preço da gasolina. “Os motoristas ainda estão preocupados em onde conseguir gasolina, demora alguns dias para eles procurarem alternativas”, acredita.

Miriane também é esposa de um motorista de Uber. Ela diz que o marido aumentou o faturamento em 40% nos últimos dias. “Para aproveitar a demanda, está estendendo o horário de trabalho: sai de casa às 7 horas e volta por volta das 21 horas”, conta a moradora de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo.

Situação semelhante se repete na região  sul do País. “O volume de corridas aumentou muito devido à falta de motoristas e pela falta de gasolina. O faturamento automaticamente aumenta junto”, conta Victor Santos da Rocha, de 23 anos, que trabalha em Porto Alegre.

Rocha também chegou a ampliar o horário de trabalho por causa da demanda. “Normalmente trabalhava de seis a oito horas por dia, ontem trabalhei 14 horas, mas foi algo atípico”, relata.

“As pessoas se acostumaram a pagar barato demais e agora estão assustadas com a tarifa mais alta, mas não reclamam nem da demora para buscar, devido à falta de carros rodando, nem do valor final.”

 

Fonte: Estadão.com

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