Os preços do petróleo fecharam nos seus menores níveis desde o começo de abril, com os investidores receosos com a perspectiva de uma retomada da produção dos membros da Opep e seus aliados, além dos novos sinais de um aumento da produção americana da commodity.
O petróleo WTI para julho fechou em queda de 1,6%, a US$ 64,75 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para agosto fechou em baixa de 2%, a US$ 75,29 o barril, na ICE Futures, em Londres.
O Brent perdeu cerca de 5% das máximas de vários anos alcançadas em maio com notícias de que a Arábia Saudita e a Rússia estavam se aproximando de um acordo para aumentar a oferta de petróleo bruto. A decisão de aumentar a produção depois de mais de um ano de retração foi motivada, em parte, pelo aumento dos riscos geopolíticos em torno do fornecimento no Irã e na Venezuela.
“Caso eles aumentem a produção, outros produtores dentro e fora da Opep seguiriam a deixa para manter o seu Market share”, disse Andy Lipow, presidente da Lipow Oil Associates. “Isso inundaria novamente o mercado de petróleo”, disse.
O Brent, no mês passado, rompeu o limiar simbólico de US$ 80 por barril pela primeira vez desde novembro de 2014, em grande parte devido à decisão do presidente Donald Trump de retirar os Estados Unidos de um acordo internacional de 2015, para conter o programa nuclear iraniano. A decisão estabelece o cenário para a reimposição de sanções econômicas que devem prejudicar a exportações iranianas da commodity.
A Opep e 10 produtores fora do cartel, incluindo a Rússia, estão cortando a produção de petróleo em cerca de 1,8 milhão de barris por dia desde o início de 2017. O esforço coordenado, que deve expirar no final deste ano, ajudou a impulsionar os preços do petróleo bruto em mais de 40%.
“A perspectiva de a Opep e a Rússia expandirem sua produção de petróleo no segundo semestre do ano está levando os investidores especulativos a se retirarem ainda mais do mercado”, segundo analistas do Commerzbank.
Fonte: Valor Online
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