Os futuros do petróleo sofreram queda de mais de 5% na quarta-feira (11), anotando a sua pior sessão em mais de um ano. Os preços da commodity foram pressionados pelas perspectivas de ampliação da oferta e recuo da demanda, que mais do que compensaram uma queda muito acima do esperado nos estoques americanos de petróleo bruto.
Os contratos do petróleo WTI para agosto fecharam em baixa de 5,03%, a US$ 70,38 o barril, depois de chegar a tocar os US$ 70,02, pouco antes do fechamento. Os contratos do Brent para setembro fecharam em baixa de 6,92%, a US$ 73,40 o barril, depois de tocarem mínima de US$ 73,04.
O petróleo foi pressionado ao longo do dia pela perspectiva de retorno da oferta de petróleo da Líbia, que foi interrompida devido ao conflito armado no país. Bjornar Tonhaugen, vice-presidente de mercados de petróleo da Rystad Energy AS, estima que cerca de 700 mil barris diários de petróleo da Líbia vão eventualmente retornar aos mercados globais, aumentando os receios de excesso de oferta global da commodity.
As quedas foram ampliadas depois que a Opep projetou uma desaceleração da demanda por petróleo em 2019. “Depois do robusto crescimento neste ano, a atividade no mercado de petróleo deve moderar levemente em 2019, com estimativas apontando expansão ligeiramente menor tanto para a economia global quanto para a demanda mundial por petróleo”, disse a Opep em relatório publicado hoje.
A Opep – Organização dos Países Exportadores de Petróleo – e aliados, como a Rússia, concordaram na sua última reunião em ampliar a oferta de petróleo em 600 mil barris diários a partir do dia 1º de julho, com a maior parte da ampliação proveniente da Arábia Saudita. A produção total do grupo subiu em 173 mil barris diários no mês passado, antes do acordo de redução dos cortes.
Os estoques americanos de petróleo recuaram em 12,633 milhões de barris na semana passada, superando a expectativa dos analistas consultados por “The Wall Street Journal”, de queda de 3,6 milhões de barris no período.
Fonte: Valor Online
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