A Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul (MSGÁS) deverá apoiar projeto inédito de biogás para produção de gás de cozinha para as 280 famílias indígenas que vivem em aldeias de Aquidauana. A proposta está sendo desenvolvida pela aluna terena da unidade do Instituto Federal no município, Sara Yasmin Peixoto Machado, 18.
Focada na melhoria de qualidade de vida da sua comunidade – ela mora na aldeia Limão Verde -, a jovem empreendedora apresentará seu trabalho às 14h desta sexta-feira (17) na Feira do Empreendedor, que está sendo realizada no Sebrae, em Campo Grande. “É uma oportunidade de dar visibilidade ao projeto e ganhar novos parceiros para torna-lo realidade”, diz Sara.
As condições precárias de saneamento nas aldeias de Aquidauana, onde não existe coleta seletiva do lixo, motivaram a estudante a buscar alternativas para promover o desenvolvimento sustentável contemplando os aspectos social, econômico e ambiental. Ela percebeu também que a comunidade tem dificuldades financeiras para adquirir o gás de cozinha.
Barateamento
Ao destacar a visão da estudante em levar ao povo indígena o barateamento do custo do gás de cozinha e energia, o diretor-presidente da MSGÁS, Rudel Trindade, adiantou que técnicos da companhia estarão analisando o projeto na próxima semana para definir seu patrocínio. “É um avanço tecnológico para atender famílias carentes e esse tem sido o nosso foco”, disse ele.
O projeto de Sara Machado classificou-se em primeiro lugar no edital lançado em 2017 pelo Instituto Federal com o objetivo de elaboração de modelos de negócio, por meio de iniciativas inovadoras. Com o apoio da escola, ela está desenvolvendo um protótipo para atender inicialmente três famílias da aldeia Limão Verde dimensionando a produtividade do gás de cozinha.
“A maioria das famílias utiliza ainda o fogão de lenha dentro de casa e estudos, como da Organização Mundial de Saúde (OMS), apontam os riscos à saúde com a exposição ao fogo e a fumaça em ambiente fechado”, explicou. “Evitando a liberação de gás carbono na atmosfera com essa queima vamos controlar a proliferação de doenças como o câncer de pulmão.”
Viabilidade
A produção de biogás em grande escala aproveitando o material orgânico descartado de forma não adequada pela comunidade indígena já demonstrou, por meio de testes em laboratório, a viabilidade econômica do projeto pelo baixo custo. Com orientação de seus professores no Instituto Federal a estudante já desenvolveu a planta para construção dos biodigestores.
“Tenho a certeza que o acesso ao gás de cozinha a partir do biogás trará uma grande contribuição a comunidade da qual convivo”, comentou Sara Machado. A participação da MSGÁS no projeto, segundo ela, garantirá a aquisição de equipamentos e a manutenção do sistema para que todas as 19 aldeias terenas de Aquidauana sejam beneficiadas.
Fonte: MSGÁS / Comunicação
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