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Petróleo bate mínima em quase 1 ano com riscos de excesso de oferta

Os preços do petróleo sofreram um tombo na terça-feira (13), com o WTI estendendo sua série recorde de baixas, agora de 12 sessões consecutivas. Desde os picos em quatro anos, alcançados em outubro (e que culminaram com o preço de US$ 76,24 o barril), o WTI já acumula depreciação de 27,12%.

No fechamento de hoje, o contrato de petróleo WTI com vencimento em dezembro caiu 7,07%, a US$ 55,69 o barril. Na mínima, o WTI bateu, nesta terça, US$ 55,62, menor patamar desde 20 de novembro de 2017. Já os contratos do Brent para janeiro caíram 6,63%, a US$ 65,47 por barril, na ICE, em Londres, depois de tocar a mínima de US$ 65,02.

A derrocada vem um dia depois de o presidente americano, Donald Trump, cobrar, via Twitter, que Arábia Saudita e Opep não cortem a produção de petróleo, ainda que operadores de mercado temam que o mercado esteja com excesso de oferta.

“O mercado está ficando fora de controle”, diz Eugene McGillian, vice-presidente de pesquisa de mercado da Tradition Energy. “É realmente uma continuação do que já temos visto nas últimas sessões e, acima de tudo, enfrentamos a incerteza sobre o tuíte do presidente Trump em relação aos produtores.”

Na segunda (12), Trump, via Twitter, escreveu: “Com sorte, Arábia Saudita e Opep não vão reduzir a produção de petróleo.

Os preços do petróleo deveriam estar muito mais baixos, com base na oferta!”.

Os comentários pegaram de surpresa muitos analistas, os quais esperavam que a pressão de Trump por um petróleo mais desvalorizado acabaria após as eleições legislativas deste mês.

A Arábia Saudita disse no fim de semana passado que planeja reduzir suas exportações de petróleo em até 500 mil barris por dia, num esforço para dar suporte aos preços e evitar um excesso de oferta global.

O petróleo tem caído desde outubro, entrando nesse período em “bear market” – quando o preço de um ativo acumula baixa de pelo menos 20% desde os picos recentes.

A decisão de Washington de amenizar as sanções contra o Irã contribuiu para a onda de vendas da commodity, já que os EUA concederam “waivers” (isenções) a uma ampla lista de países, que, assim, podem continuar a comprar petróleo do Irã, ao mesmo tempo que outros grandes produtores têm aumentado a oferta.

Ações

Com a queda do petróle, as ações de empresas do setor de energia ampliam a pressão negativa sobre Wall Street nesta terça-feira, empurrando o Dow Jones para baixo e limitando os ganhos do S&P 500 e do Nasdaq Composto. Entre as empresas que sofrem com o movimento estão Exxon Mobil e Chevron.

 

Fonte: Valor Online

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