O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse na segunda-feira (15) que a política de preços dos combustíveis “é uma decisão empresarial, não uma decisão de governo” e que a empresa “é livre” para deliberar sobre o assunto. Questionado, ele concordou que a Petrobras chegou a um limite nas concessões que pode fazer a respeito do tema.
Castello Branco falou a jornalistas após mais de quatro horas de reunião no Palácio do Planalto. Ele negou que a postura do presidente Jair Bolsonaro, que na semana passada segurou um reajuste no preço do diesel, tenha sido intervencionista porque, segundo ele, quem decidiu barrar a alta no fim das contas foi a diretoria da empresa, não o presidente da República.
“Ninguém ordenou à Petrobras que não reajustasse; o presidente alertou para os riscos”, disse.
O executivo negou também que tenha discutido preços no encontro, que ocorreu na Casa Civil com a presença do ministro Onyx Lorenzoni.
“[O reajuste de preços] é uma decisão empresarial. É diferente da decisão do governo e de políticas públicas”, afirmou. “A Petrobras é uma coisa. A outra é o governo. O governo quer abordar a questão dos caminhoneiros. A Petrobras tem vida própria”, acrescentou
Além de Castello Branco e de Onyx Lorenzoni, participaram da reunião os ministros Bento Albuquerque (Minas e Energia); Tarcísio Freitas (Infraestrutura); Paulo Guedes (Economia); Santos Cruz (Secretaria de Governo); Floriano Peixoto (Secretaria-Geral), além do presidente do BNDES, Joaquim Levy.
A reunião de hoje foi uma espécie de preparação para o encontro de amanhã, que será comandado por Bolsonaro. O presidente quer ver os custos da empresa e entender as justificativas para o aumento de preço no diesel.
Castello Branco afirmou que não está na mesa a possibilidade de uma subvenção ao diesel. “Não ouvi falar em nada disso [subvenção], até porque a Petrobras é livre”, afirmou.
Fonte: Valor Online
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