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Petróleo recua pressionado por furacão e disputas entre EUA e China

Os preços do petróleo encerarram a sessão desta terça-feira (3) em queda, em meio, mais uma vez, à escalada de tensões comerciais entre Estados Unidos e China e com o furacão Dorian se afastando do Golfo do México, o que arrefeceu os temores de uma interrupção na produção americana.

Os contratos futuros de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em outubro recuaram 2,10%, para US$ 53,94 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). O petróleo Brent, referência de preço global, recuou 0,68%, para US$ 58,26, na ICE, em Londres. A queda nos preços da commodity também pressionou as ações do segmento de energia do índice S&P 500, que, no meio da tarde desta terça, recuavam 0,85%.

“A guerra comercial entre EUA e China parece continuar a ser o principal fator para os preços do petróleo”, escreveram analistas da Tudor, Pickering, Holt & Co, em nota aos clientes. Eles apontaram que a rejeição dos EUA aos esforços da China para adiar a imposição de novas tarifas foi responsável pela queda nos preços do petróleo hoje.

Enquanto isso, o furacão Dorian mudou sua trajetória, reduzindo a probabilidade de o fenômeno atrapalhar a produção de petróleo no Golfo do México.

Os participantes do mercado também estão aguardando uma reunião agendada entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, incluindo a Rússia, na próxima semana, em Abu Dhabi. Espera-se que o grupo reafirme seu compromisso de sustentar os preços em patamares mais altos, mantendo a produção sob controle.

A cotação elevada nos preços do petróleo é particularmente importante para a líder da Opep, a Arábia Saudita, que está se preparando para lançar ações da gigante estatal Saudi Aramco no mercado.

“O sentimento ainda permanece bastante pessimista devido aos receios contínuos sobre o impacto adverso das guerras comerciais sobre a demanda”, disse Helima Croft, analista da RBC Capital Markets. “O desafio da Opep será demonstrar que ainda tem capacidade de alterar a dinâmica direcional do petróleo, em um mercado dirigido por preocupações com a guerra comercial e que está se preparando para o próximo tuíte do presidente Trump”, afirmou a analista.

 

Fonte: Valor Online

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