O preço médio da gasolina nos postos no Brasil recuou 1,81% em março, ante o mês anterior, para R$ 4,598 por litro, sob impacto da redução da circulação de veículos em razão da pandemia do novo coronavírus, apontou pesquisa realizada pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas.
O recuo ainda discreto nas bombas, no entanto, ocorre após a Petrobras —que detém quase 100% da capacidade de refino do Brasil— ter reduzido em cerca de 35% o valor médio da gasolina vendida em suas refinarias em março, em meio a um recuo das cotações internacionais.
“A demanda também despencou nas últimas semanas por conta das ações de isolamento social impostas por Estados e municípios”, disse a ValeCard.
“De acordo com a plataforma online de monitoramento do BID, o tráfego de veículos caiu 58% no Brasil em março”.
Anteriormente, o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda, afirmou à Reuters que as reduções praticadas nas refinarias demoram, em média, de 10 a 15 dias para chegar na bomba, dependendo de diversos fatores, como consumo de estoques.
Conforme levantamento da ValeCard, o Rio de Janeiro (5,035 reais/litro) e Acre (4,985 reais/litro) são os Estados com o combustível mais caro no país, sendo o Estado fluminense o único com valor médio da gasolina acima de 5 reais.
Já Amapá (3,986 reais) —único valor abaixo dos 4 reais por litro no levantamento— e Santa Catarina (4,291 reais) apresentaram os preços mais baixos do país.
Obtidos por meio do registro das transações realizadas em março com o cartão de abastecimento da ValeCard em cerca de 20 mil estabelecimentos credenciados, os dados mostram que Rio de Janeiro e Belém têm os preços mais altos entre as capitais —5,024 reais e 4,99 reais, respectivamente.
As capitais com preços mais baixos são Curitiba (4,177 reais) e João Pessoa (4,194 reais).
Fonte: Reuters
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