A Wilson Sons, que opera nos portos do Brasil, está de olho no mercado de gás para apoio marítimo após aprovação da Lei 14.134, conhecida como Nova Lei do Gás e sancionada em abril pelo presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a empresa, no último ano, a divisão de rebocadores da companhia realizou mais de 25 operações especiais, que incluíram serviços ao setor de gás natural ou GNL, como o apoio a navios gaseiros e FSRUs (sigla em inglês para Unidade de Armazenamento e Regaseificação de Gás Natural).
“Hoje temos uma frota de 80 rebocadores, a maior do Brasil, espalhados por toda a costa brasileira. Quatro são modelos escort tug, de grande potência, e aguardamos uma nova série de seis novas unidades dessa classe, que começaram a ser construídas este ano no estaleiro da Companhia no Guarujá (SP)”, conta Elísio Dourado, diretor comercial da divisão de Rebocadores da Wilson Sons.
Entre os clientes atendidos no segmento pelos rebocadores da Wilson Sons, está a Celse (Centrais Elétricas de Sergipe), que opera a Usina Termoelétrica Porto de Sergipe (UTE).
Com 1,5 GW de capacidade instalada, a UTE de Sergipe é abastecida por um terminal de regaseificação, capaz de estocar até 170 mil metros cúbicos de GNL e regaseificar até 21 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Para se ter uma ideia, o gasoduto Bolívia- Brasil, um dos mais importantes do país, pode transportar 30 milhões de metros cúbicos por dia.
Para se ter uma ideia, o gasoduto Bolívia- Brasil, um dos mais importantes do país, pode transportar 30 milhões de metros cúbicos por dia.
Novos mercados
Os terminais de GNL também são vistos no Brasil como uma alternativa para a monetização de gás do pré-sal.
Dados do IBP mostram que a nova Lei do Gás pode gerar investimentos de até R$ 17,1 bilhões para construção de Unidades de Processamento de Gás Natural e Terminais de GNL.
Outra oportunidade são os projetos envolvendo a cabotagem e a comercialização do GNL em pequena escala (também chamado de “small scale LNG”).
O objetivo é atender a demanda de gás no interior do País, onde não há gasodutos para levar o combustível.
“Atualmente, o gás chega a um território muito restrito, mas com as novas medidas para o setor e um maior investimento na infraestrutura para o seu escoamento, será possível transportar o GNL em volumes maiores a preços competitivos. É uma opção à lenha, ao carvão e também à gasolina, diesel e óleo pesado”, destaca Buranelli.
Fonte: Money Times
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