Mesmo após a redução média de 11,1% nos preços do gás natural a partir de fevereiro, a Petrobras deve continuar praticando valores mais altos que a concorrência no mercado brasileiro, estima a Gas Energy.
A queda dos valores do energético no próximo mês é efeito do reajuste trimestral, previsto nos contratos com as concessionárias de gás canalizado.
A Gas Energy calcula que, no Nordeste, os preços de fornecedores privados devem cair na mesma proporção, para uma média de R$ 1,81 por metro cúbico – ante R$ 2,5/m3 da Petrobras. A região concentra mais supridores novos, como Shell, Galp, PetroReconcavo, Origem Energia, Equinor, 3R e Alvopetro.
Já no Sudeste, onde a concentração de mercado da Petrobras é maior, a diferença de preços é menor. A consultoria estima que a média de valores de outros supridores cairá 8,4%, para R$ 2,15/m3. Ainda assim, abaixo dos patamares da Petrobras.
A queda de preços da estatal reflete dois aspectos: a desvalorização do petróleo, ao qual o gás está indexado; e a redução do fator Brent, prevista em contrato, no preço do gás.
Nos contratos assinados no fim de 2021 com as distribuidoras, a indexação ao Brent cai de 16,75% para 14,4% em 2023. Algumas distribuidoras, contudo, têm contratos mais antigos com a Petrobras e estão sujeitas a outras precificações.
Já os contratos de outros supridores com as distribuidoras envolvem fórmulas e períodos de reajustes diversos, mas a maioria deles também está indexada ao petróleo. Por isso, os preços também devem cair no próximo trimestre, sob efeito maior da redução do preço do barril.
Metodologia: a Gas Energy calcula o preço médio dos fornecedores a partir da média ponderada dos contratos pelo volume para cada estado. A média regional é calculada, então, pela média aritmética simples entre os estados.
Fonte: Epbr
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