No último dia 09, o CEO da Compagas, Rafael Lamastra Jr, participou da reunião do Conselho Consultivo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) – CONCEPE. Em conjunto com os representantes de toda a cadeia de Geração de Energia do país, bem como dos setores de transmissão, distribuição e mercados consumidores, a sessão debateu diversos temas relacionados ao desenvolvimento energético nacional. O assunto de destaque na pauta foi o papel do Gás Natural e do Biometano na Transição Energética.
A reunião foi liderada pelo presidente do CONCEPE, Evandro Gusso, com participação do novo presidente da EPE, Tiago Prado. O tema principal foi debatido, a partir da apresentação feita pela diretora da EPE, Heloísa Borges.
O gás natural é amplamente considerado o combustível da transição energética a nível mundial. É a energia de origem fóssil com a menor geração de Gases do Efeito Estufa (GEE) e apresenta baixíssimas emissões de óxido de enxofre, fuligem e material particulado. Quando se trata de emissões de dióxido de carbono (CO2), é o gás que menos contribui para o efeito estufa no planeta e, portanto, o menos poluente, reduzindo as emissões em até 90% em comparação com outros combustíveis. Na Europa, o gás natural já é considerado uma energia verde e é reconhecido como o combustível que possibilitará a transição para outras fontes de energia mais limpas e renováveis.
O CEO da Compagas, destaca que o gás natural está em grande evidência, principalmente pelo conflito na Europa e à alta demanda em diversos mercados de consumo. Além disso, existem grandes oportunidades para ampliar ainda mais o uso do gás natural no Brasil, devido à extensa rede de distribuição existente nos estados, à malha de transporte e à capacidade de expansão – atualmente, o Brasil conta com mais de 40 mil quilômetros de redes de distribuição, 10 mil quilômetros de dutos de transporte e cerca de 4,2 milhões de usuários de gás natural. “O aumento expressivo da oferta interna de gás natural no país possibilita o desenvolvimento de novos mercados, juntamente com a expectativa de maior competitividade do combustível. Nós, distribuidoras de gás canalizado, trabalhamos para aumentar a participação do gás natural na matriz energética e consolidá-lo em diferentes segmentos de consumo, como o de transporte pesado, que tem grande potencial de crescimento e consumo, trazendo benefícios econômicos e ambientais”, destaca Lamastra.
No Paraná, nos últimos 10 anos, o uso de óleo combustível reduziu em 57%, influenciado pelo maior uso do gás natural. As vantagens dessa substituição incluem a redução das emissões de CO2 na queima e a diminuição do tráfego de transporte rodoviário e urbano de combustível, resultando em impactos extremamente positivos no meio ambiente e na qualidade de vida das pessoas, com reflexos na mobilidade urbana. Outra iniciativa de destaque no estado são os testes realizados com veículos pesados movidos a gás natural e biometano, em parceria com a Scania e as prefeituras das quatro maiores cidades paranaenses, para demonstrar a viabilidade técnica, econômica e ambiental do gás no transporte coletivo, que apresentaram resultados vantajosos para a economia das cidades e para o meio ambiente.
O biometano é o gás natural renovável e desempenha um papel importante na descarbonização da matriz energética nacional, devido ao seu potencial produtivo e à capacidade de geração de energia com vantagens ambientais e econômicas. ” O biometano é uma energia importante que contribui com o meio ambiente e com as metas mais rigorosas de sustentabilidade, porém há de se considerar que o desenvolvimento e a viabilização da sua distribuição serão possíveis em função da infraestrutura e do mercado consolidado de gás natural no Brasil”, conclui.
Lamastra integra a gestão 2021 – 2024 do CONCEPE, conselho consultivo da Empresa de Pesquisa Energética, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, que atua para prover à sociedade uma visão integrada e de longo prazo do setor energético brasileiro.
Fonte: Compagas / Comunicação
