A Gasmig deu início às obras do Gasoduto Centro-Oeste, que vai permitir aumento de 300 quilômetros de extensão em linhas do sistema, o que representa 23% da malha atual da companhia.
O projeto envolve investimento estimado no projeto é da ordem de R$ 800 milhões. A Gasmig prevê investir R$ 5,2 bilhões até 2032 na ampliação da sua rede de gasodutos.
A implantação do Gasoduto Centro-Oeste começou pela construção da linha tronco, dividida em dois lotes de execução simultânea. De acordo com a Gasmig, haverá frentes de serviço em Betim, Mateus Leme e Divinópolis.
A construção do gasoduto vai atender, inicialmente, oito municípios — Betim, Divinópolis, Igarapé, Itaúna, Juatuba, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas e Sarzedo. Juntos, esses municípios representam 10% do PIB Industrial e 7% do PIB total de Minas Gerais. Os municípios abrigam 1 milhão de habitantes, cerca de 5% da população do Estado.
“O gasoduto foi dimensionado possibilitando uma expansão futura do Sistema de Distribuição de Gás para o Triângulo Mineiro. Temos a certeza de que estamos no caminho certo e queremos oferecer aos mineiros uma matriz energética mais prática, mais segura e mais sustentável”, afirmou em nota o presidente da Gasmig, Gilberto Valle Moura Filho.
A expectativa do governo de Minas Gerais é que o projeto gere mais de 15 mil postos de trabalho diretos e indiretos. “Este projeto contribui enormemente para o desenvolvimento da região, que está crescendo muito, e com essa fonte de energia vai ter condição de crescer ainda mais”, afirmou em nota o governador Romeu Zema (Novo).
De acordo com a Gasmig, o potencial de consumo do projeto é de 230 mil metros cúbicos por dia, aproximadamente, com captação estimada de 1 mil novos clientes industriais e comerciais.
A linha tronco do gasoduto será construída em uma região industrial do Estado. A região centro-oeste de Minas Gerais reúne polos de vestuário, calçados e fundição. Entre as possíveis empresas que podem ser beneficiadas no futuro estão a Ciafal (Comércio e Indústria de Artefatos de Ferro e Aço), de Divinópolis, que consome 800 mil metros cúbicos de gás natural por mês, e a Simec, em Itaúna, que consome 330 mil metros cúbicos de gás natural por mês. Segundo o Sindicato da Indústria da Fundição no Estado de Minas Gerais (Sifumig), o gás natural reduz em 18% o custo industrial. A entidade estima que o setor de fundição irá investir neste ano R$ 250 milhões na região centro-oeste do Estado, influenciados pela expectativa da chegada do gás natural.
A Gasmig investiu no ano passado R$ 250 milhões na compra de materiais para o projeto do gasoduto. Para este ano, a empresa prevê investir mais R$ 240 milhões na construção da linha tronco e o início das obras das linhas laterais. Os outros cerca de R$ 310 milhões serão investidos em 2025 e 2026. As obras na linha tronco têm previsão de duração de 18 meses.
Atualmente, a Gasmig tem presença em 47 municípios mineiros e conta com uma rede de 1.675 quilômetros em operação, que atendem 95.887 clientes empresariais e residenciais.
Fonte: Valor Online
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