A defasagem do preço da gasolina vendida no Brasil em relação ao mercado internacional recuou ligeiramente nos últimos dias, mas permanece alta, registrando 16% na média dos principais polos de importação do País, contra os 19% da véspera. O preço vem sendo afetado também pela desvalorização do real frente ao dólar, e pode se tornar uma nova dor de cabeça para a Petrobras. A estatal está há 172 dias sem reajustar a gasolina e, de acordo com a Abicom, por 64 dias a janela de importação esteve totalmente fechada. No caso do diesel, apesar de uma defasagem menor, de 11% na média, são 105 dias sem aumento e sem importações. O movimento acompanha a alta do petróleo tipo Brent, que entre leves altas e baixas tem se situado em torno dos US$ 90 o barril. Já a Acelen, que controla a Refinaria de Mataripe, na Bahia, tem realizado reajustes semanais e registra a metade da defasagem da Petrobras: 8% tanto para gasolina como para o diesel, segundo a Abicom.
A Petrobras adotou em maio do ano passado uma nova estratégia para os reajustes dos combustíveis, abandonando a política de paridade de importação (PPI) implantada na gestão de Pedro Parente à frente da estatal, em 2016. Segundo a companhia, eventuais reajustes obedecem a critérios técnicos e são de responsabilidade da diretoria. Eventualmente, o Conselho de Administração da empresa pode solicitar explicações sobre a evolução dos preços, o que deve ocorrer na próxima reunião.
Fonte: Broadcast / Ag.Estado