A Petrobras anunciou alta de R$ 0,20 por litro, ou 7%, nos preços da gasolina para as distribuidoras a partir da terça (09), o primeiro ajuste do combustível da gestão de Magda Chambriard e de 2024. A estatal também aumentou os preços do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, em R$ 3,10. Apesar do reajuste, a gasolina mantém a defasagem em relação à paridade internacional, segundo especialistas ouvidos pelo Valor. O anúncio eleva a apreensão sobre o diesel, que não sofre mudança desde 26 de dezembro e segue defasado na comparação com o exterior. Os aumentos na gasolina e GLP representam pressão sobre a inflação. A Petrobras calcula que o preço da gasolina C na bomba ficará R$ 0,15 mais caro, considerando a mistura obrigatória de 73% da gasolina A e 27% de etanol anidro. A última vez que a estatal ajustou a gasolina foi corte de R$ 0,12 em outubro. Segundo a empresa, desde a implementação da estratégia comercial, em maio do ano passado, a gasolina acumula redução de R$ 0,17 por litro. O último aumento da gasolina havia sido em agosto.
A defasagem do preço da gasolina ficou em R$ 0,34 por litro, ou 11,6%, depois do reajuste de ontem, estima a StoneX. Quanto ao diesel, o preço está defasado em R$ 0,29 em relação ao internacional, ou 8,4%. Segundo o analista da consultoria, Thiago Vetter, a dependência do mercado nacional sobre o diesel eleva a importância de ajustar o preço desse combustível, para garantir o abastecimento: “É importante continuar acompanhando as movimentações de preços e posicionamento da empresa no futuro”.
Fonte: Valor Econômico