A diretora-técnica e presidente interina da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), Tabita Loureiro, afirmou que a estatal pretende realizar o seu primeiro leilão de gás no segundo semestre de 2025.
O certame, no entanto, ainda depende da estratégia que será adotada e definições internas por parte do governo e do MME.
Segundo Loureiro, ainda é preciso definir se a venda será da produção anualizada – a exemplo das cargas de petróleo vendidas neste ano em leilão na B3 – ou se serão contratos de longo prazo, podendo chegar a cinco anos da produção de gás da União.
Recentemente, o governo mudou as regras para autorizar a PPSA à contratar serviços de escoamento e processamento para, ao cabo, ofertar o gás natural diretamente ao mercado.
Os acordos para os sistemas integrados de escoamento (SIE) e processamento (SIP) ainda precisam ser fechados com a Petrobras, controladora da infraestrutura nas bacias de Campos e Santos.
“No início, a gente estava pensando que a melhor estratégia era aderir ao SIE [escoamento] e fazer o leilão na saída do SIE. Depois, aderir ao SIP e fazer o leilão na saída do SIP. Mas agora, a gente resolveu analisar tudo junto. E aí, quem sabe, a gente já consegue vir ao mercado e oferecer na saída do SIP no segundo semestre de 2025”.
“A cada mês que passa isso vai se concretizando e a gente consegue ter um pouco mais de clareza, mas os contratos de CIP [Compromisso de Individualização da Produção] não são simples”, disse.
O CNPE aprovou em agosto uma resolução que autoriza a PPSA a comercializar diretamente no mercado o gás natural que cabe à União nos contratos de partilha. A medida está em linha com o programa Gás para Empregar, do governo federal.
Hoje, a PPSA vende o gás natural da União na saída dos navios-plataforma que estão em produção. A resolução permite com que a estatal contrate os sistemas de escoamento e processamento, permitindo, assim, a venda dessa molécula ao mercado.
Em julho, a parcela de gás da União nos contratos de partilha foi de 175 mil m³/dia. A previsão é que o volume vai superar 1 milhão de m³/dia em 2027, chegando a mais de 3 milhões de m³/dia em 2029.
Fonte: Eixos
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