Após as festas de fim de ano, o governo do Rio Grande do Sul se engaja em nova ofensiva para viabilizar a construção da termelétrica a gás Rio Grande, cuja outorga foi revogada no ano passado pela Aneel. Na quarta-feira (10/1), uma reunião no Palácio Piratini, em Porto Alegre, entre o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Branco, e o prefeito do município de mesmo nome da usina, Alexandre Lindenmeyer, buscou uma solução para o impasse. O governo gaúcho quer urgência e a ideia é dar condições para que a térmica seja construída o quanto antes.
A Bolognesi, dona do empreendimento, apresentou recurso contra a revogação, que ainda não foi analisado pela agência reguladora. A diretoria da Aneel volta a se reunir no próximo dia 23/1, na primeira reunião pública do ano, mas a pauta ainda não foi definida.
O projeto prevê geração suficiente para atender a um terço da energia consumida pelo Rio Grande do Sul e tem investimento avaliado em R$ 3 bilhões. A Bolognesi negocia para que a empresa norte-americana New Fortress Energy assuma a execução do projeto. No entanto, a revogação da outorga tem causado dificuldades às negociações. Desde então, o governador José Ivo Sartori e um conjunto de lideranças políticas tenta a reversão do processo.
“Estamos trabalhando de forma silenciosa, evitando criar falsas expectativas para a comunidade, já que é um processo extremamente complexo”, afirmou Fábio Branco.
Além da Rio Grande, a Bolognesi tinha outra termelétrica, a Novo Tempo, que já foi repassada para Prumo Logística e será construída no norte do Rio de Janeiro, no hub de gás natural que a empresa está viabilizando na região.
Fonte: Brasil Energia Online