O preço do botijão de gás de 13 quilos registrou alta de 17,29% no estado, entre maio do ano passado e o mesmo mês deste ano, segundo levantamento semanal feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
No período, o preço médio do botijão foi de R$ 55,475 para R$ 65,068, um aumento de quase R$ 10.
A elevação do valor do botijão representa seis vezes a inflação acumulada no mesmo período, que foi de 2,86%, de acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Revendedores se defendem e culpam o governo federal pela disparada dos preços.
“Nesse período, o governo retirou quase todo o subsídio de 30% que pagava para conter o preço e a Petrobras adotou essa nova política de seguir o mercado internacional”, afirma Robson Carneiro dos Santos, presidente do Sergás (sindicato dos revendedores de gás).
“Garanto que, se para o consumidor o botijão ficou mais caro, o revendedor passou a ganhar menos por venda. Essa política está quebrando o setor e calculo que 30% dos revendedores estão no vermelho, em risco de fechar.”
A crise de abastecimento gerada pela greve dos caminhoneiros, que durou 11 dias no final de maio, ajudou a inflacionar o preço. “Onde havia gás, o transtorno logístico e a própria falta do produto fizeram o preço subir, mas creio que até a próxima semana estará em um patamar normal”, prevê Santos.
Entre a primeira semana de maio e o mesmo período deste mês, o preço médio subiu R$ 6,96 na capital — de R$ 65,16 para R$ 69,70. No estado, a alta foi de 5,53% — de R$ 64,626 para R$ 68,203, em média.
Fonte: Folha de S.Paulo / Agora