Os preços do petróleo começaram a semana em firme alta, superando US$ 70 por barril e alcançando máximas não vistas em mais de duas semanas. Os contratos tiveram suporte depois de a Arábia Saudita anunciar a suspensão de embarques de petróleo através do Estreito de Bab el-Mandeb, depois que rebeldes houthis, no Iêmen, atacaram petroleiros no Mar Vermelho. Os sauditas têm liderado uma coalizão militar contra os houthis, que são aliados
do Irã, por mais de três anos.
Em Nova York, o petróleo WTI (setembro) fechou em alta de 2,10%, a US$ 70,13 o barril. O petróleo Brent (outubro) terminou com ganho de 1,06%, a US$ 75,55 o barril. Ambos os contratos alcançaram máximas desde 13 de julho.
A consultoria de risco Eurasia Group disse que o ataque aos petroleiros “representa uma séria escalada na dinâmica em torno do conflito no Iêmen”, segundo relata a CNBC.
A retória bélica entre Estados Unidos e Irã também segue no foco dos operadores de petróleo. Autoridades iranianas ameaçam atrapalhar exportações de petróleo na região mais movimentada do mundo para embarques do “crude”. A tensão está aumentando antes do primeiro dos dois prazos na semana que vem para empresas internacionais encerrarem os laços com o Irã sob novas sanções dos EUA.
Investidores aguardam ainda dados de produção da Opep referentes a julho, cuja divulgação está prevista para o fim desta semana.
“O mercado de petróleo bruto está enviando muitos sinais contraditórios”, dizem em nota analistas da JBC Energy.
“O ambiente do Mar do Norte é excepcionalmente fraco, dado que estamos no meio do período de pico da demanda das refinarias, enquanto o mercado dos EUA está, de forma geral, bastante forte, com os EUA consumindo cerca de 12 milhões de barris de petróleo nas últimas quatro semanas”, acrescentam, explicando a alta mais pronunciada nos preços do WTI.
Fonte: Valor Online
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