Os preços do petróleo fecharam em alta na terça-feira (7), impulsionados pelas incertezas causadas pela retomada das sanções ao americanas contra o Irã e pela redução da perspectiva de produção da commodity nos Estados Unidos.
Os contratos do WTI para setembro fecharam em alta de 0,23%, a US$ 69,17 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto os contratos do Brent para outubro subiram 1,22%, a US$ 74,65 o barril, na ICE, em Londres.
O presidente americano, Donald Trump, assinou uma ordem executiva na segunda-feira (6) implementando várias das sanções contra o Irã prometidas em maio, quando os EUA se retiraram do acordo nuclear do Irã assinado em 2015.
Sanções mais severas devem entrar em efeito em novembro, incluindo um corte total das importações de petróleo do país.
“Estas são as mais severas sanções já impostas, e em novembro elas subirão ainda mais um nível. Qualquer um fazendo negócios com o Irã não fará negócios com os Estados Unidos”, disse Trump por meio do Twitter nesta terça-feira.
“O tuíte do presidente Trump na manhã de hoje [deixa claro que] o regime de sanções será estrito e que é muito improvável que qualquer exceção seja aberta para a compra de petróleo ou para qualquer outra coisa”, disse John Kilduff, da Again Capital. “Várias análises mais esperançosas do mercado davam conta de que pelo menos parte das compras do petróleo iraniano seriam permitidas. Esta percepção foi eclipsada”, disse.
Os preços do petróleo também receberam um impulso dos dados da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), do Departamento de Energia dos EUA (DoE), que reduziu as projeções para a produção de petróleo no país em 2019 a 11,7 milhões de barris diários, ante 11,8 milhões de barris estimados no relatório anterior, divulgado em julho.
Os investidores aguardam agora os dados oficiais de estoques da commodity nos EUA, que serão divulgados amanhã. A expectativa dos analistas consultados por “The Wall Street Journal” é de queda de 2,3 milhões de barris nos estoques americanos.
Os preços da commodity também têm contado nas últimas sessões com a inesperada queda na produção da Arábia Saudita em julho, de acordo com números extraoficiais – o relatório oficial da Opep será divulgado na próxima semana, no dia 13.
Fonte: Valor Online
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